domingo, 20 de março de 2011

A Câmara de Gás de Sherlock Holmes



Entre os académicos e o público em geral, existe o consenso de que milhões de Judeus europeus foram enviados para a morte em câmaras de gás como parte de uma política oficial Nazi para o seu extermínio em massa durante a Segunda Guerra Mundial. Este consenso está tão arraigado que, por todo o mundo Ocidental, aqueles que, publicamente, questionam essa exactidão, são frequentemente alvos de censura, repreensão académica e até mesmo acusação criminal. Na sociedade contemporânea, nenhuma outra espécie de dissidentes académicos são alvo de tal reacção repressiva.

Numa atmosfera intelectual onde o rigor está envenenado e assombrado pelo espectro de perseguição, o livro The Gas Chamber of Sherlock Holmes, demonstra calma, argumentação ágil e afirmações altamente originais, frutos de uma liberdade intelectual. Baseado em extensas provas empíricas e documentais, assim como em métodos de crítica cultural evitados convencionalmente por historiadores de campo, Samuel Crowell defende que a afirmação “canónica” das câmaras de gás no Holocausto pode ser relacionada a uma fatídica crise de modernismo. Dos primeiros rumores até à narrativa do extermínio, selado em Nuremberga, a análise de Crowell permite-nos considerar como é que uma história destas emergiu e se desenvolveu com uma energia ciclónica numa era marcada pela revolta social, guerra total e mudanças tecnológicas nunca vistas.


Resumidamente, será possível verificar que a geração de uma ilusão de extermínio em massa com gás não exigiu uma conspiração nem um embuste, nem sequer um esforço consciente, mas apenas um clima social e cultural que facilitaria tais afirmações, num tempo de guerra, ódio e rotura social. Veremos que tais afirmações, reforçadas aqui e ali por pequenas e úteis fraudes, mas acima de tudo por uma simples boa vontade em acreditar o pior sobre um inimigo, permitiria que rumores obscuros fossem declarados como factos e passassem a fazer parte dessa paisagem social e cultural de que nós estamos só metade deliberadamente conscientes.

Podem encomendar e ler mais sobre este livro aqui.

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