Grande ilha ou continente que, segundo narrativa de Platão, estaria localizada além das Colunas de Hércules (Estreito de Gibraltar). Conforme a lenda, a ilha coubera a Netuno, quando, nos primeiros tempos, os deuses fizeram entre si a partilha do mundo. Netuno, que viveu na ilha por longo tempo em companhia da jovem Clito, dividiu a região em dez partes, cedendo-as a cada um dos dez filhos que tivera de sua união com a jovem mortal. Todos os reis de Atlântida, contudo, obedeciam ao irmão Atlas, filho mais velho de Netuno. Os soberanos da misteriosa ilha, explorando suas riquezas, como o ferro, o cobre e o ouro, fundaram grandes e ricas cidades, alcançando progresso e grande poderio. Mas fracassaram na sua tentativa de dominar os atenienses, que os repeliram com uma poderosa armada. Ainda segundo a narrativa de Platão (baseada em informações obtidas de sacerdotes egípcios), os atlantes entregaram- se aos vícios e perverssões, o que, atraindo a coléra dos deuses, redundou na sua destruição, com grandes maremotos e tremores de terra. Houve uma época em que o Delta do Egito e a África do Norte faziam parte da Europa. Antes que a formação do Estreito de Gilbratar e o levantamento interior do Continente alterassem por completo o mapa da Europa.
A última mudança notável ocorreu há uns 12.000 anos, e foi seguida pela submersão da pequena ilha atlante à qual Platão deu o nome de Atlântida. A destruição da famosa Ilha de Ruta e da ilha menor de Daitya - que se deu há cerca de 850.000 anos, no fim do período Plioceno, não deve ser confundida com a submersão do continente principal da Atlântida, durante o período Mioceno.
A causa do desaparecimento da Atlântida, foram as perturbações sucessivas do eixo de rotação. Este cataclismo começou nos primeiros tempos da era Terciária e, continuando durante muito tempo, determinou a extinção, pouco a pouco, dos últimos vestígios da Atlântida, com a exceção provavelmente de Ceilão, e de uma pequena parte do que agora é a África.
O debate sobre a existência da Atlântida é bem antigo. Desde os tempos do filósofo Grego Platão, a Atlântida com sua explêndida civilização, chega aos dias atuais como um enigma que originou a publicação de aproximadamente 26.000 livros. Teses de caráter geológico, arqueológico e outras têm servido para aguçar o espírito humano na busca da existência do enigmático continente.
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