
Tal como foi referido no 'post' anterior, a Amnistia Internacional que, supostamente, apoia 'prisioneiros de consciência', nos casos daqueles que se empenham nos supostos ‘discursos de ódio' (ie, aquilo o ‘Povo Eleito’ não gosta de ouvir) mantém um estranho silêncio, ou seja, os revisionistas ficam, mais uma vez, marginalizados. Nada que nos surpreenda.
O Revisionismo em Linha, pelo contrário, gosta de dar outro tipo de exemplos, outras formas de demonstrar que a liberdade de expressão e opinião deve existir sempre (e até já foram muitos os casos em que não concordamos obrigatoriamente com o que aqui publicamos).
Leonard Peltier não é revisionista. Nem anti-semita. Nem sobrevivente do Holocausto. Mas penso que também merece a nossa atenção.
Desde 1977, Leonard Peltier, índio da tribo Sioux, está preso nos Estados Unidos. Com 65 anos, cumpre dupla pena perpétua, acusado pelo assassinato de dois agentes do FBI. Há 33 anos, proclama sua inocência. Não existe prova alguma de sua culpa.
Falar dos índios norte-americanos equivale, muitas vezes, a falar em estereótipos: penas, bisões, tendas etc... Vivem nos Estados Unidos cerca de três milhões de índios, sobreviventes do genocídio cometido pelos colonos e militares norte-americanos no século XIX. A realidade de sua vida quotidiana está muito longe de todos esses clichês folclóricos. A maioria desses povos passa por dificuldades econômicas e problemas sociais decorrentes da perda de referências de identidade; o que leva a uma alta incidência de alcoolismo em muitas tribos. Apesar desses aspectos negativos, os índios continuam sendo sobreviventes da história.
Nos últimos 30 anos, uma renovação cultural, social e econômica surgiu nas diferentes tribos e reservas. Em conseqüência de suas lutas permanentes, esses esquecidos das Américas conseguiram uma certa melhoria em seu destino. Essas lutas se travam no dia-a-dia dos centros comunitários das grandes cidades ou nas reservas, longe do noticiário, o que contribui para o esquecimento de sua causa. Lutam pelo reconhecimento de suas culturas, de suas línguas, de sua identidade. Essas lutas se deram, por diversas vezes, de forma violenta.