terça-feira, 19 de agosto de 2008

Os Senhores das Sombras


Para quem ainda não leu, aqui vai uma passagem do grande livro de Daniel Estulin, Clube Bilderberg - Os Senhores do Mundo:

«Os residentes da Comunidade Europeia podem não fazer a mínima ideia das intenções dos sionistas relativamente aos palestinos, mas em Israel a limpeza étnica é um assunto de discussão popular. Cinquenta por cento ou mais dos israelitas pensa que a limpeza étnica é uma boa ideia. Numa nação que supostamente recorda o Holocausto.

Leeden e outros neoconservadores americanos há muito que defendem que qualquer crítica a Israel ou ao sionismo, ainda que seja a crítica mais banal, é equivalente ao anti-semitismo.

Segundo a definição israelita, as críticas a Israel, aos sionistas ou a qualquer judeu em qualquer lugar do mundo podem ser consideradas um delito se um judeu em qualquer lugar do mundo afirmar que tais afirmações lhe causaram, por exemplo, um transtorno emocional ou problemas mentais. Toda esta matéria está prevista na Sec.13(b)(2) do Código Penal israelita, aprovado em 1994, que reclama a jurisdição extraterritorial dos tribunais israelitas no caso de delitos perpetrados contra judeus em qualquer lugar do mundo.

Até ao momento, há algo que fez parar este instrumento que poderia ser muito eficaz para silenciar os críticos da política israelita e do sionismo no mundo inteiro: a carência de «dualidade penal». Para que os tribunais israelitas possam solicitar a extradição de críticos de outros países, devem primeiro tipificar-se como delito estas acções nos demais países. Da mesma maneira, se a crítica dos crimes de guerra israelitas nos territórios ocupados ou de Ariel Sharon supostamente leva à comissão de um delito contra um judeu, ou mesmo entristece um judeu, poder-se-ia abrir a porta à extradição. Assim, por ter escrito este artigo, num futuro próximo posso encontrar-me encarcerado numa prisão israelita.»

O SEMANÁRIO publicou, em exclusivo, uma lista com todos os portugueses que já estiveram em reuniões de Bilderberg, um clube que é considerado uma espécie de governo-sombra a nível mundial. Uma das principais tarefas dos jornalistas que investigam o clube é não só saber quem participa nas reuniões mas, sobretudo, acompanhar o seu percurso nos tempos seguintes.

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