domingo, 2 de novembro de 2008

Embaixador Hall Themido Acusa: Aristides de Sousa Mendes é um "Mito Criado Por Judeus"


O embaixador João Hall Themido escreveu as suas memórias, sobre meio século da diplomacia portuguesa. No livro, o diplomata recorda que Kissinger considerava Mário Soares "um tonto", diz que a princesa Diana não sabia dançar e que Aristides de Sousa Mendes é um "mito criado por judeus". (...)

Um dos capítulos do livro, porventura o mais polémico, chama-se "A mitificação de Aristides de Sousa Mendes". O embaixador acusa o cônsul de "actuação irregular". "De forma totalmente irrealista, fala-se em 30 mil" o número de vistos "concedidos em apenas alguns poucos dias pelo cônsul e seus familiares, de forma cega, no consulado e até nos cafés da vizinhança". Themido sublinha "a necessidade de manter disciplina nos serviços que de forma directa ou indirecta pudessem, com a sua actuação, afectar o estatuto de neutralidade" do país. Para o embaixador, Aristides foi um "mito criado por judeus e pelas forças democráticas saídas do 25 de Abril". E mais à frente: "quando a família" do cônsul, "grupos judaicos e forças da esquerda ressuscitaram o assunto, procurei saber mais sobre o ocorrido". Observa que Aristides apenas "pertencia à carreira consular, considerada carreira menor em relação à carreira diplomática". Por outro lado, o processo disciplinar ao cônsul em Bordéus "foi o último de vários de que foi alvo ao longo da carreira, quase sempre por abandono do posto ou concussão". Nota que a maioria dos processos "desapareceu misteriosamente" do MNE e que o de Bordéus está "incompleto". Assim, considera "incompreensível criticar" o Ministério, "incluindo o ministro, por ter aplicado a lei nas circunstâncias da época". [leia a notícia na íntegra]

3 comentários:

Diogo disse...

Que dirá a minha amiga KAnahory com quem eu tive aquela amável troca de argumentos sobre Aristides?


Drake, fui ver os sites do Museu Memorial do Holocausto dos Estados Unidos e do Museu Yad Vashem sobre as câmaras de gás na Alemanha Nazi. Extraordinariamente os sites contradizem-se quase por completo. Estes aldrabões nem sequer têm o trabalho de acertar agulhas!

Vê o artigo no meu blog.

Abraço

Helder Fráguas disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Helder Fráguas disse...

Esta edição paga pelos contribuintes foi de apenas 1 000 exemplares e deve estar prestes a esgotar-se.
É certamente controversa a questão de saber a quem pertencem os direitos de autor.
Mas admitamos que o ex-diplomata conservaria os direitos de autor.
Nesse caso, seria inaceitável que uma editora responsável desse cobertura a um texto repleto de insolências, panegíricos pessoais, destilação de invejas e desrespeito por figuras que desempenharam papéis fundamentais na História.