(Continuação)
VI. A Política Sionista e a Hipócrita Dualidade de Critérios de Deborah Lipstadt
Para entender a agenda e a força emocional que está por detrás do comportamento de Lipstadt e dos seus pronunciamentos públicos, temos que saber algo mais sobre as suas intensas compaixões políticas. Lipstadt salienta que ela é alguém que se "identifica abertamente como Judia" e que possui até a percepção de que o seu grupo étnico Judeu é diferente da restante sociedade não-Judia. 43 "Como criança", recorda ela, "eu lembro-me de perceber que estas casas de Judeus da Europa Central, com os seus pesados móveis escuros e chávenas de chá fumante acompanhado por delicado ‘strudel’ feito em casa e outros pastéis distintamente europeus, eram diferentes daqueles que pertenciam aos meus companheiros americanos". 44
Ela expressa orgulho no facto de, logo no início da sua vida, ter marchado em solidariedade com aqueles que queriam implementar políticas de integração ‘Preto-Brancos’ nos Estados Unidos: "A minha mãe e eu marchamos no Harlem em solidariedade com os protestantes de Birmingham-Salem pelos direitos civis. Nós ficamos orgulhosos pelo facto de Andy Goodman, um dos trabalhadores pelos direitos civis assassinado no Mississipi, ter vivido um quarteirão abaixo do nosso e de nós fazermos referência sempre a esse edifício aos visitantes. 45
No início da sua vida, ela não teve qualquer impulso impetuoso para com Israel e o Sionismo político: "Em 1966, ansiosa por experimentar uma viagem ao estrangeiro, tomei uma decisão impetuosa de ir para a Universidade Hebraica em Jerusalém. Embora a minha família fosse defensora de Israel, não fui levada por qualquer compromisso Sionista". 46 No entanto, quando ela visitou Israel pela primeira vez, foi quase uma experiência religiosa: "Ir a Israel não era uma escolha intencional, mas foi como que um impacto que muda completamente a nossa vida". 47 Nas próprias palavras de Lipstadt: "Era o tempo de ir para ‘casa’ [Israel].” Nunca tinha pensado em Israel com tal emoção". 48
A política de Deborah Lipstadt está impregnada por uma hipócrita dualidade de critérios. Ela trabalhou activamente para criar uma sociedade racialmente integrada e multicultural nos Estados Unidos. E em todos os seus livros ela elogia a "igualdade racial" e condena ardentemente os não-Judeus que rejeitam sociedades multirraciais fora de Israel. No entanto, ela identifica-se apaixonadamente com Israel - uma sociedade etnicamente segregada cujo governo trabalha activamente para assegurar a supremacia Judia e destruir qualquer hipótese de uma sociedade multirracial igualitária entre Judeus e Árabes.
Longe de trabalhar para uma sociedade integrada em que Judeus e Árabes funcionariam de forma igual a nível social e político, os Judeus que fundaram Israel criaram uma sociedade em que s Judeus Israelitas dominam os Árabes "Israelitas", uma sociedade separada e desigual em que a discriminação contra os não-Judeus e a supremacia Judia são uma parte essencial da ordem social aceite. 49
Diplomata, advogado internacional e estadista (um antigo Subsecretário de Estado das administrações de Kennedy e Johnson), George W. Ball descreve em termos directos as fundações racistas do estado Judeu com que Lipstadt tão ardentemente se identifica: "O plano Judeu para um estado exclusivamente Judeu, livre da presença inconveniente de pessoas nativas era um ‘mal recente’. Theodor Herzl [fundador do Sionismo moderno] tinha exposto a estrutura para tal sistema em 1898, quando ele procurou o apoio do Sultão Otomano…Uma das provisões desse apoio abortado deu à Sociedade [Colonialista Judaica] o poder de deportar os nativos, e Herzl procurou tais poderes independentemente da nova terra natal Judia ser na Argentina, Quénia, Chipre ou Palestina. A Terra Judia de Confiança incorporou esta doutrina nas suas regras, que designou todas as suas propriedades exclusivamente para uso Judaico e proibiu inclusivamente o emprego de não-Judeus pelos Judeus, forçando assim essas pessoas a procurar emprego no estrangeiro". 50
De forma previsível, os Sionistas acabaram por produzir umas democracias atenienses para Judeus e cidadanias de segunda classe ou escravidões feudais para não-Judeus.51 Apenas recentemente, uns funcionários Israelitas importantes deixaram perfeitamente claro que era um objectivo da política Sionista que os Judeus Israelitas em Jerusalém fossem segregados em relação aos Árabes Palestinianos para ter a certeza de que os Judeus permanecem o elemento dominante nessa cidade, e que o carácter étnico/racial da cidade permanecesse predominantemente Judaico. Nas próprias palavras do artigo: "A barreira de separação de Israel em Jerusalém existe para assegurar uma maioria Judaica na cidade e não serve apenas como uma protecção contra bombardeamentos, reconheceu um ministro Israelita na Segunda-feira. “52 Isto contradiz claramente aquilo que Lipstadt afirmou publicamente no que diz respeito à política de favorecimento etnicamente integrada, sociedades multirraciais onde todos os grupos étnicos e raciais funcionam igual social e politicamente.
Porquê a contradição? É o mesmo que dizer, por que é que Deborah Lipstadt, por um lado, é favorável à criação étnica integrada, sociedades multiraciais no Estados Unidos e na Europa e, por outro lado, ela se identifica de forma apaixonada com Israel - um Estado etnicamente segregado onde o Judaísmo dominante e o racialismo estão na ordem do dia?
Falemos agora de Kevin MacDonald, professor da Universidade do Estado da Califórnia, um psicólogo evolutivo que Lipstadt ataca amargamente. MacDonald salientou que certos grupos de Judeus poderosos favorecem as sociedades etnicamente integradas e multirraciais fora de Israel porque essas sociedades fomentam e acomodam-se à política de longo prazo dos Judeus de não-assimilação e solidariedade de grupo. 53
MacDonald e o intelectual Afro-Americano Harold Cruise verificaram que as organizações Judias vêem o nacionalismo branco como a sua maior ameaça potencial e eles tenderam a apoiar as políticas de integração “Preto-Branco” presumivelmente porque tais políticas diluem o poder Euro-Americano e diminui a possibilidade de uma maioria coesa de nacionalistas Euro-Americanos que ficam em oposição à comunidade Judia. 54
Numa sociedade racialmente integrada e multicultural com numerosos e diferentes grupos conflituantes étnicos com interesses divergentes, é muito improvável os gentios adjacentes possam desenvolver uma maioria unida e coesa e opor-se a comunidade Judia muito unida. Nas populações de gentios "tolerantes" mais recentes e com um sentido débil da sua própria identidade racial/cultural são menos prováveis identificar certos grupos poderosos de Judeus como elementos estrangeiros contra os quais eles se devem defender. Nas populações de gentios que têm uma identidade racial/cultural forte são mais prováveis identificar certos grupos de Judeus como forasteiros estrangeiros, contra os quais eles devem competir. Assim, uma sociedade racialmente integrada, multicultural (fora de Israel), é aquilo que a maioria dos grupos de Judeus-Sionistas preferem, porque neste seio tão cultural eles podem ganhar um tremendo poder e influência. 55
Lipstadt condena amargamente a personalidade e as teorias do Professor MacDonald. 56 No entanto, o seu comportamento hipócrita, na realidade, acaba por dar razão às teorias de MacDonald. Se a criação de uma sociedade racialmente integrada e multicultural é, verdadeiramente, a sua meta final, nós devemos esperar que ela insista em tal sociedade também em Israel de forma tão firme como insiste nessa sociedade nos EUA e na Europa. Mas isso não é o caso. Ela orgulha-se do facto de ter marchado em solidariedade com aqueles que trabalharam para construir uma sociedade integrada nos EUA, mas ela identifica-se de forma apaixonada com um Estado etnicamente segregado, onde existe um autêntico apartheid no Médio Oriente. Isto sugere que ela, de facto, usa ideologias de "fraternidade racial" ao serviço do seu próprio nacionalismo Judaico-Sionista.
VII. O "Holocausto," Europeu e a Identidade Judia, e o Padrão Duplo Étnico
Nos seus livros, Lipstadt condena o instituto revisionista Institute for Historical Review (IHR) [Instituto de Revisão Histórica] para trazer à luz alguns efeitos negativos das mentiras e exageros na história do Holocausto. Num tom de autêntica hipocrisia, Lipstadt alega: "[O antigo director do IHR] revelou outro dos verdadeiros objectivos da agenda do IHR com o seu aviso de que a aceitação do mito do Holocausto resultou numa degeneração radical dos padrões aceitáveis do comportamento humano e uma quebra na própria imagem das pessoas Brancas. Estas tendências racistas, que o IHR cada vez mais mantém longe do holofote público, são parte da tradição extremista de que é herdeiro". 57
Por outras palavras, é "racismo e extremismo" para os Europeus não-Judeus estarem preocupados, o mínimo que seja, com o efeito negativo que a ideologia do Holocausto possa ter sobre a identidade Europeia.
Falemos agora do Dr. Robert Jan van Pelt, um importante membro da equipa de defesa de Lipstadt que escreveu um muito importante tomo anti-revisionista do Holocausto, THE CASE FOR AUSCHWITZ: EVIDENCE FROM THE IRVING TRIAL [O CASO PARA AUSCHWITZ: PROVAS DO JULGAMENTO DE IRVING]. 58 Ele alegou que o revisionismo do Holocausto é um ataque diabólico sobre a própria imagem e identidade Judaica. Numa franca e honesta discussão, ele admitiu que quando lia literatura revisionista do Holocausto, ele "tinha estava cara a cara com um perigoso abismo pessoal". A sua conclusão implícita é que isso é uma das principais razões para que o revisionismo do Holocausto deva ser atacado e destruído. 59
O professor van Pelt cita, então, a escritora Judia Erika Apfelbaum que explica porque é que o revisionismo do Holocausto é "tão mau" e porque deve ser atacado e refutado. Ela declarou: "A actual História Judaica está profundamente enraizado em Auschwitz como o símbolo geral da destruição das pessoas Judias durante o Holocausto. Para alguém cujo passado é enraizado em Auschwitz, a experiência de ler pela lógica deturpada e pelos documentos revisionistas é semelhante à experiência de desorientação psicológica de privação sensorial ou solitária em prisão, onde se perde o contacto com realidade. O efeito insidioso de ler esta literatura [revisionista do Holocausto] é o de perder a própria identidade como sobrevivente e, em geral, como Judeu. Portanto, as alegações revisionistas servem para despojar os Judeus da sua história e, ao fazer isso, na procura da destruição da história das pessoas, um genocídio simbólico substitui um físico". 60
Considerem os julgamentos "morais" deste cenário. De acordo com Lipstadt, van Pelt e o lobby do Holocausto em geral, é "mau, racista e extremista" os Brancos gentios preocuparem-se o mínimo possível com os prejuízos que umas certas mentiras e exageros dum Holocausto fazem à identidade colectiva Europeia. De facto, é suposto os Europeus e Euro-Americanos aceitarem docilmente o que a poderosa elite Judaica diz sobre o Holocausto, independentemente do prejuízo para a própria identidade colectiva Europeia. No entanto, é exigido de forma definitiva que Judeus lutem contra o revisionismo do Holocausto, a fim de proteger e vindicar a identidade Judaica.
No começo do seu tomo, van Pelt cita o teólogo Judaico-Sionista e o "farol da moralidade" Elie Wiesel. Ele diz que o suposto assassinato em massa de Judeus em Auschwitz "significa…o fracasso de dois mil anos de civilização Cristã…" 61 Ele refere-se, claramente, a toda a Cristandade Europeia.
A maior prova de que a visão tradicional de Lipstadt sobre o Holocausto é, de facto, um ataque psicológico sobre todo o mundo europeu e não apenas sobre os Alemães e aqueles que foram seus aliados durante a Segunda Guerra Mundial, foi demonstrado pelas observações do primeiro-Ministro do Israel, Ariel Sharon, numa sessão especial de Knesset marcando o aniversário 60 da libertação de Auschwitz-Birkenau. De acordo com o The International Jerusalem Post, "Sharon culpou os aliados Ocidentais por saberem sobre a aniquilação de Judeus no Holocausto e de nada terem feito para o evitar". Ele disse que "a conclusão triste e horrível a que chegou foi que ninguém se preocupou que os Judeus tivessem sido assassinados". 62
De acordo com a "moralidade" de Lipstadt, van Pelt, Wiesel, Sharon e a elite poderosa Judaico-Sionista que eles representam, o Cristãos Europeus devem, supostamente, aceitar de forma dócil as declarações acima mencionadas como "a verdade," e qualquer tentativa para desmascarar certas mentiras e exageros do Holocausto e as suas implicações morais é, naturalmente, "racista, má e extremista".
Usando uma linguagem muito semelhante à de Apfelbaum, o Cristão Europeu poderá dizer: "O efeito insidioso de ler as mentiras e os exageros da literatura do Holocausto é perder a identidade como Cristão Europeu. Portanto, a lenda da 'câmara de gás' e outras falsas alegações do Holocausto servem despojar os Cristãos Europeus da sua história e, ao fazê-lo, procurar destruir a história das pessoas, um genocídio simbólico substitui um físico". O problema é, naturalmente, a predominante "moralidade" no mundo Ocidental que não permite que o Cristão Europeu pense desta maneira.
Assim como os Judeus têm o direito manter a sua própria boa imagem colectiva, também os demais não-Judeus de descendência Europeia. Eles também têm o direito lutar contra essas mentiras e distorções históricas que danificam a sua identidade colectiva.
Uma Crítica Revisionista do Holocausto ao Pensamento de Deborah Lipstadt (I)
Uma Crítica Revisionista do Holocausto ao Pensamento de Deborah Lipstadt (II)
(Continua)
segunda-feira, 11 de julho de 2011
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