quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Noam Chomsky Assina Petição Para a Libertação de Vincent Reynouard

A petição exigindo a revogação do Acto Gayssot e a libertação do revisionista Vincent Reynouard, lançada na Internet a 6 de Agosto (uma iniciativa do historiador Paul-Eric Blanrue), recebeu agora um notável apoio com a assinatura do linguista e filósofo americano Noam Chomsky.

"Eu percebi que Vincent Reynouard foi condenado e preso baseado na Lei de Gayssot e que estava a circular uma petição em protesto contra estas acções", escreveu o defensor incansável da liberdade de expressão numa declaração proferida a 5 de Setembro. Chomsky tinha estado em França na primavera passada para uma conferência na Faculdade de França e e para vários outros acontecimentos.

"Não sei nada sobre o Sr. Reynouard, mas considero que a Lei de Gayssot completamente ilegítima e inconsistente com os princípios básicos de uma sociedade livre”, acrescentou.

Noam Chomsky salientou que "esta lei garante ao Estado o direito em determinar a verdade histórica e punir os contestatários, um princípio que faz recordar os dias negros do Estalinismo e do Nazismo".

Chomsky acabou a sua declaração demonstrando o seu apoio à iniciativa do historiador francês Blanrue: "Consequentemente, eu gostaria de registar o meu apoio à petição como forma de protesto contra a aplicação desta lei neste ou em qualquer outro caso".

Ao entrar em vigor no dia 13 de Julho de 1990, o Acto de Gayssot proíbe a "discussão (...) da existência de um ou mais crimes contra a humanidade tal como está definido no Artigo 6 do alvará do tribunal internacional militar [conhecido como Nuremberga], anexado ao Acordo de Londres de 8 de Agosto 1945."

Em 2007, o revisionista Vincent Reynouard, pai de oito crianças, foi condenado por um tribunal em Saverne (Alsácia) a um ano de prisão por ter escrito um panfleto com 16 páginas com o título ‘Holocauste? Ce que l’on vous cache…’ (‘Holocausto? Aqui está é o que está a ser escondido de você…’). No ano seguinte essa sentença foi mantida pelo Tribunal de Apelo, em Colmar, que também impôs uma multa e despesas, o equivalente a um total de 60.000 euros. Reynouard está actualmente está detido na prisão de Valencienne.




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