quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Os "Homens Perigosos" Estão em Extinção



"- Um último pedido?..."
"- Posso colocar uma última entrada no meu blogue sobre isto?"



Daniel Ellsberg é um ex-analista militar norte-americano, empregado pela RAND Corporation e depois funcionário do Pentágono, que causou um grande furor no governo e na opinião pública em 1971, quando forneceu ao jornal The New York Times os Papéis do Pentágono, documentos secretos do Departamento de Defesa contendo detalhes sobre as actividades das Forças Armadas dos Estados Unidos durante a Guerra do Vietname.
A publicação dos documentos alertou o povo norte-americano sobre como eles foram enganados pelo seu próprio governo a respeito da guerra.

Ellsberg arriscou ficar o resto dos seus dias na prisão ao denunciar as mentiras que tinham sido contadas à nação sobre a guerra do Vietname, mentiras de Eisenhower, Kennedy e Johnson. E Nixon acreditou que Ellsberg tinha documentos incriminatórios nas suas próprias mentiras, o que levou Henry Kissinger a considerar Ellsberg "o homem mais perigoso da América."

Eram necessários imensos Ellsberg’s na política (e não só) internacional. Eram mesmo necessários imensos “homens perigosos” como ele. O Revisionismo em Linha agradeceria, pois teria o seu trabalho muito mais facilitado.

E porque dizemos isto? Porque vivemos num mundo onde os média apelam muitas vezes para a necessidade dos líderes de todos os países fazerem todos os esforços para a paz mundial, mas depois percebemos que tudo não passa de pura demagogia.

E porque dizemos isso? Porque vivemos num mundo em que ter uma opinião contrária sobre um acontecimento histórico é punido mais severamente do que um vil e repugnante violador (que ainda tem a defesa e a protecção de figuras publicas e mediáticas de Hollywood).

E porque dizemos isso? Porque vivemos num mundo em que a História credível tem que ser aquela que os vencedores escreveram e
qualquer alteração trás consigo as consequências e os rótulos já conhecidos de todos. - Neste caso em particular, a morte (ASSASSINATO DELIBERADO E PREMEDITADO) de civis é considerado um CRIME DE GUERRA. Mas como as vítimas eram Alemãs e os assassinos "Aliados salvadores", está tudo bem e está tudo desculpado e perdoado...

Como todos sabemos, por mais pequeno que seja o novo dado, aparecem sempre os dementes do costume, trabalhadores incansáveis da nova inquisição politicamente correcta, com os seus carimbos preferidos nas mãos: “anti-semitismo” e “racismo”. E também neste caso particular, como estou aqui a "defender" as vítimas Alemãs inocentes, levo com esses carimbos...

Este é o mundo onde vivemos. Um mundo onde “homens perigosos” como Daniel Ellsberg são cada vez mais difíceis de encontrar. Por estarem em extinção ou porque estão numa reserva à espera da sentença que, mais tarde ou mais cedo, cairá sobre eles.

3 comentários:

Diogo disse...

É necessário multiplicar os Daniel Ellsberg por milhões. A Internet é o único meio que permite isso.
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Carlos disse...

Caro Johnny Drake
No meu entender o termo “nova inquisição” não pode ser aplicada ao que se passa actualmente.
Pressupõe que a “velha”, ou “velhas”, as inquisições papais e reais, eram iguais “às actuais”, o que é errado. Até mesmo entre as “velhas” havia diferenças.
Inquisição significa inquirir. O que o caro quer dizer é silenciamento, ou a tentativa de silenciar.
O que se conta sobre as, ou melhor, sobre a inquisição espanhola, esquecendo todas as outras que houve por esta Europa fora, é a mesma história que se conta sobre a 2ª G.G.
Já agora deixo-lhe um pequeno detalhe.
Houve judeus em Espanha de então, que pediram à igreja católica a presença da inquisição para sua própria protecção. Parece estranho não é?
Um abraço.
Carlos

Johnny Drake disse...

Amigo Vespa (Carlos)

quando refiro muitas vezes o termo "inquisição" apenas me refiro ao facto de todos os revisionistas pagarem um preço demasiado alto por questionarem e apresentarem outras interpretações de factos históricos.
Muitos afirmam que "factos são factos e que não pode haver mais do que uma interpretação". Não só isso está errado como é completamente estúpido. Existem milhares de exemplos de "factos" que eram "inquestionáveis" e que hoje são interpretados de uma forma (diferente) e que daqui a alguns anos podem ser outra vez interpretados de outra forma.
Tudo pode e deve ser questionado... menos o Holocausto.
Exactamente porque existem vários grupos, autênticos lobbys, que não estão interessados nisso. Essa "nova inquisição" realmente não "inquire" absolutamente nada. "Julga" e condena imediatamente, sem hipóteses de contra-argumentação. Porque "nós" somos os "portadores do ódio, da intolerância, do racismo". "Eles" são todos boas pessoas e com boas intenções...
Veja o meu 'post' de dia 14. Onde está a tolerância?...

Um abraço

JD