domingo, 8 de novembro de 2009

Seis Razões


Não vou argumentar que “o Holocausto não existiu”. A minha posição é que algumas coisas aconteceram e outras não. Especificamente, a minha tese é que não existiram câmaras de gás nos campos de concentração Nazis. Vou apresentar-vos seis razões para isso:

1. As provas físicas – as próprias câmaras.

Este deve ser o ponto de partida. Se pudessem ir a Auschwitz e descobrir uma sala que foi, obviamente, uma câmara de gás, então o revisionismo não existiria. O assunto ficaria resolvido de uma vez por todas. O problema é que quando chegamos a Auschwitz e olhamos para a sala que, supostamente, terá sido uma câmara de gás, encontramos uma sala que, obviamente, não terá sido uma câmara de gás. Essa é a razão porque o revisionismo é necessário.

O facto básico em todo este assunto é que a sala que, supostamente, foi uma câmara de gás não foi uma câmara de gás.

Se estivéssemos a falar de algumas matérias de Psicologia, eu usaria isto como um paradigma de crenças que governam as próprias percepções. Algumas pessoas olham para essas imagens e vêem uma câmara de gás. Outros olham para o mesmo e vêem uma morgue. Isto é semelhante à experiência onde todos numa sala dizem que o lápis vermelho é mais comprido e o elemento experimental, cujos olhos lhe dizem que o lápis verde é maior, tem medo de contradizer o grupo.
Os meus olhos dizem-me que o lápis verde é maior e eu vou afirmá-lo, mesmo sendo ilegal fazê-lo (especialmente se é ilegal dizê-lo): a ideia de que aquelas pessoas foram mortas com gás naquela sala ou noutra semelhante é absurda.


2. A lacuna nos registos documentais

Se existissem documentos que cobrissem toda a sequência dos acontecimentos, então não existiria o revisionismo. O problema é que os documentos que esperaríamos encontrar não existem. Temos documentos relatando todos os aspectos da guerra, incluindo todos os aspectos do Holocausto, excepto a morte com gás dos Judeus. Não é possível matar com gás seis milhões de pessoas ou fazer outra coisa qualquer envolvendo milhões de pessoas sem deixar uma pista num papel. Se as mortes por gás existiram então existiriam milhares de documentos a verificá-lo, começando pelos planos iniciais e continuando através do desenrolar dos acontecimentos. Mas não existem quaisquer papéis que o provem.


3. A lacuna nos registos fotográficos

Se existissem fotografias de toda a sequência dos acontecimentos, incluindo fotografias das pilhas de cadáveres nas câmaras de gás, então não existiria o revisionismo. Isso encerraria o assunto imediatamente. O problema é que não existem essas fotografias. Temo-las sobre todos os aspectos da Segunda Guerra Mundial, incluindo todos os aspectos do Holocausto, excepto quanto ao gaseamento dos Judeus. Existem fotografias de Judeus a saírem dos comboios em Auschwitz, fotografias de Judeus nos campos e fotografias de cadáveres em sepulturas em massa, mas não existem fotografias de ninguém a ser morto com gás.

Para resumir as primeiras três razões: se tivéssemos qualquer prova da morte de Judeus com gás como temos para acontecimentos históricos reais (i.e. para eventos que aconteceram realmente), então todos reconheceriam que existiram câmaras de gás e não existiria o revisionismo.


4. O depoimento das testemunhas não prova que existiram câmaras de gás.

Existem três pontos que têm que ser referidos sobre as testemunhas:

a. As testemunhas não são unânimes. Algumas nem dizem nada sobre as câmaras de gás.
Por exemplo, Jan Karski escreveu um relatório, em finais de 1942, no qual testemunhava que tinha visitado o campo de Belzec para investigar os rumores de extermínio. Disse que os Judeus eram mortos com choques eléctricos numa sala com o chão em metal. Em 1944, publicou um livro no qual afirmava que os Judeus eram carregados em vagões cheios de cal viva e deixados a morrer fora do campo. Nem o artigo nem o livro dizem algo sobre as câmaras de gás. Actualmente, claro, a história oficial de Belzec não diz nada sobre choques eléctricos ou vagões cheios de cal viva. Supostamente, temos que acreditar que os Judeus, em Belzec, foram mortos em câmaras de gás. Mas Jan Karski, que esteve lá na altura (pelo menos, é o que afirma), não fala nada sobre câmaras de gás.

b. O depoimento das testemunhas sobre as câmaras de gás não foi sujeito a exame.
Uma das testemunhas considerada como uma fonte credível é o Dr. Miklos Nyiszli, o suposto autor de Auschwitz, o Testemunho de um Médico. Existiu realmente um Dr. Nyiszli. Era um médico Húngaro. Foi mandado para Birkenau (e não Auschwitz), aonde trabalhou num laboratório patológico sob as ordens do infame Dr. Mengele. Depois da guerra, ele testemunhou nos julgamentos de Nuremberga. Morreu em 1949. O livro foi publicado em 1951. Através do livro, o autor refere que esteve em Auschwitz. Salienta que existiam quatro crematórios em Auschwitz. Na realidade, existia um crematório em Auschwitz e quarto em Birkenau. Obviamente que alguém que tenha estado lá sabia disso. Qualquer pessoa que lá tenha estado saberia distinguir os campos. No final (página 206), quando estavam a ser evacuados em Janeiro de 1945, diz o autor:

“Saímos com a sensação fervilhante da liberdade. Direcção: Birkenau KZ, a dois quilómetros dos crematórios”.

O Dr. Nyiszli não saiu de Auschwitz em direcção a Birkenau. Ele já estava em Birkenau. Isto é apenas uma notória impossibilidade num livro cheio de incongruências. Este livro não foi escrito pelo Dr. Nyiszli. Não poderia ter sido escrito por alguém que lá tenha estado. No entanto, este livro é citado como um dos mais credíveis testemunhos.
Se lerem apenas um livro sobre o Holocausto, esse livro deverá ser Auschwitz, o Testemunho de um Médico. Deixem que eles vos dêem o melhor deles. Usem o vosso próprio julgamento. Este livro é ou não um relato de uma testemunha?

c. As testemunhas, por elas próprias, não provam nada.
Suponham que centenas de milhares de testemunhas reclamam que algo aconteceu. Isso significa que esse algo aconteceu? Existem, provavelmente, centenas de milhares de pessoas que “viram um OVNI” nos últimos cinquenta anos. Isso significa que existem discos voadores no céu? Existem centenas de pessoas que afirmam que não apenas viram OVNIS como também estiveram dentro deles. Terão sido, supostamente, sequestrados. Eles dir-vos-ão com detalhes vividos as suas experiências e não terão quaisquer motivos óbvios para mentirem. Isso significa que tal aconteceu?
Quando nos referimos à “câmara de gás”, se alguém disser que viu pessoas a serem gaseadas naquela sala, isso significa que tal aconteceu?


5. O facto é que os livros considerados como referências normais não são de confiança.

No Verão de 1995, quando eu era um iniciado neste assunto, fui a um debate entre Michael Shermer, editor da revista Skeptic, e Mark Weber, um revisionista. Era suposto ser um debate, mas, na realidade, foi aquilo que Michael Shermer chama de “meta-debate”. O Dr. Shermer pretendeu fazer crer que não existia nada para discutir. Porém, a determinada altura ele concordou que deveria dizer algo sobre o assunto. Referiu que qualquer pessoa que pretendesse encontrar provas da existência de câmaras de gás, encontrá-las-ia em Anatomia do Campo da Morte de Auschwitz, de Gutman e Berenbaum, especialmente o artigo de Pressac.
O que, provavelmente, nunca terá ocorrido ao Dr. Shermer é que alguém tivesse lido esse livro, mas eu fi-lo. Procurei por toda a cidade de Los Angeles e encontrei-o na livraria UCLA. Li o artigo de Pressac e as notas em rodapé. Muitas das suas afirmações sobre os gaseamentos não estão documentadas. Quando Pressac acrescenta notas em rodapé, elas não podem ser confirmadas. A maioria está na forma “Oswiecim, BW 1/19” ou “Moscovo/Revolução de Outubro, 7021-108-32, 46”.
No entanto, existe uma excepção. Pressac refere na página 234: “O primeiro gaseamento no crematório IV não correu bem. Um homem das SS, usando uma máscara, teve que subir a uma pequena escada para chegar a uma “janela”, depois abriu-a com uma mão e despejou o Zyklon B com a outra. Esta rotina acrobática teve de ser repetida seis vezes. Quando a portas hermeticamente fechadas foram abertas para evacuar o gás, reparou-se que o arejamento natural era ineficiente; tinha que ser imediatamente cortada uma porta no corredor norte para que o ar corresse de forma contínua”. [143]
A nota de rodapé para este parágrafo é:
143. Álbum de Auschwitz (Nova Iorque, 1980), fotografia 112.
Isto pode ser analisado. O Álbum de Auschwitz não está, actualmente, a ser impresso e é difícil de encontrar, mas ao menos não temos que ir à Polónia ou à Rússia. Por sorte, encontrei uma cópia numa livraria e olhei ansiosamente para a fotografia 112. Esta fotografia não tinha nada a ver com o parágrafo referido. De facto, nenhuma das fotografias no Álbum de Auschwitz tinha alguma coisa a ver com aquele parágrafo.
Por outras palavras, a única nota em rodapé possível de ser analisada transformou-se numa farsa.
Tanto quanto sei, o Álbum de Auschwitz não está disponível on-line. Não vou colocar a fotografia 112 aqui. Vou deixar isso como um exercício ao leitor. Está interessado em saber se a história das câmaras de gás é verdadeira? Até aonde vai esse interesse? O suficiente para ir a uma livraria e verificar esta notas? Aquilo que Michael Shermer está a contar é que praticamente ninguém o faça.

Aquilo com que eu estou a contar é algumas pessoas o faça. Basta apenas algumas, de início. Em cada universidade espero que, pelo menos, um estudante ou um professor se interesse o suficiente para que, com honestidade académica, observe a fotografia 112 e tenha coragem suficiente para falar. É preciso coragem para não cometer nenhum erro. Lembrem-se o que aconteceu a David Cole e a outros revisionistas.

Mais informações sobre Pressac e as suas notas em rodapé podem ser encontradas na página ‘Dead Footnote’. Acrescentei alguns novos e de alguma forma irónicos comentários a esta página em Outubro de 2004.


6. O facto de Hitler ter declarado abertamente as suas intenções e os Nazis terem cometido também atrocidades abertamente.

Alguns historiadores pretendem justificar a falta de fotografias e de documentos com o facto de o Holocausto ter sido algo tão secreto que nem fotografias terão sido tiradas e nem foram permitidos documentos que incriminassem quem quer que fosse. Isto é suposto ter sido verdade, mesmo quando a Solução Final estava a ser planeada pelo menos até antes de 1941.
Hitler falou sobre o extermínio e a aniquilação dos Judeus em diversas ocasiões. Por exemplo, aqui está uma afirmação retirada do Mein Kampf. (Esta foi retirada da página 338, da edição de capa dura da Houghton-Mifflin. Outras referências ao extermínio podem ser encontradas nas páginas 169 e 679.) Hitler escreveu:

“A nacionalização das nossas massas apenas acontecerá quando, para além de toda a luta positiva pela alma do nosso povo, os seus prisioneiros estrangeiros forem exterminados”.
Supostamente, somos obrigados a acreditar que Hitler anunciou ao mundo que os Judeus seriam aniquilados e que, ao mesmo tempo, fazia os possíveis para pretender que eles não estavam a ser aniquilados. A intenção foi declarada abertamente, mas o acto em si foi tão secreto que os Nazis nunca o discutiram entre si. Isto não faz qualquer sentido.

Na página 679, ele diz o seguinte:

“Se no início da Guerra e durante a mesma, doze ou quinze mil deste Judeus, corruptos do povo, tivessem estado sob gás tóxico, como aconteceu a centenas de milhares de nossos melhores trabalhadores Alemães no campo de batalha, o sacrifício de milhões na frente não teria sido em vão. Pelo contrário, doze mil patifes eliminados de uma vez poderão ter salvo as vidas de milhões de Alemães, válidos para o futuro”.

Neste ponto, o “secredo” já estava à solta. Ao tocar na ideia do gaseamento dos Judeus no Mein Kampf, não fazia qualquer sentido para Hitler pretender que nada estava a acontecer. Mas não existe qualquer outra referência ao gaseamento em mais nada que ele tivesse dito ou escrito. Temos volumosos registos de tudo o que Hitler, Himmler e outros Nazis disseram em público e muito do que eles disseram em privado, e não há qualquer menção aos gaseamentos, mesmo nas ocasiões em que eles falaram em verem-se livres dos Judeus.

Temos uma transcrição do discurso (o discurso em Polaco) no qual Himmler endereçava um encontro em privado aos jovens oficiais das SS. Mesmo que ele não quisesse fazer menção aos gaseamentos em público, ele sentir-se-ia à vontade para o fazer num encontro privado das SS. (Ele teria falado abertamente nalguma altura. Eles tê-lo-iam discutido entre eles. Não conseguimos fazer nada sem dizer o que estamos a fazer.) Mas ele não disse nada sobre os gaseamentos, mesmo quando estava a pensar em enviar os Judeus para os campos de concentração. Ele não disse: "Agora vou referir-me ao gaseamento dos Judeus, ao Ausrottung do povo Judeu”. Pelo contrário, o que Himmler disse foi:

“Vou referir-me à evacuação dos Judeus, ao Ausrottung do povo Judeu”.
Noutro encontro privado (em 1941), Hans Frank mencionou a ideia do assassínio dos Judeus com gás:

“Não podemos fuzilar estes 3,5 milhões de Judeus, nem matá-los com gás. No entanto, temos que tomar medidas que, de qualquer maneira, levarão ao objectivo da aniquilação”...

Mesmo na conferência de Wannsee, nada foi dito sobre gaseamentos.
Em 1941, os Nazis estavam a ganhar a guerra. Os julgamentos por crimes de Guerra eram a última coisa que alguém se lembraria. (Na realidade, apenas passou a existir esse conceito depois de 1945. Os julgamentos por crimes de guerra não faziam parte das guerras do passado.) Os Nazis não tinham qualquer motivo para criarem uma ilusão para a posteridade. Eles pensavam que eles iriam ser a posteridade. Eles pensavam que nunca iriam responder perante ninguém por algo que tivessem feito. No entanto, somos, supostamente, obrigados a acreditar que mesmo em 1941 eles estariam já a pensar, para além do fim da guerra, na necessidade de encobrir as suas acções.

Os Nazis não eram tímidos em assassinar pessoas. Eles cometeram atrocidades abertamente. Eles pavoneavam-se por isso. Temos fotografias de soldados Nazi a assassinarem Judeus a sangue frio e a rirem-se disso. Estas fotografias não foram tiradas clandestinamente por alguém. Foram tiradas pelos próprios Nazis. Mas somos, supostamente, obrigados a acreditar que as câmaras de gás eram tão secretas que não foi tirada nenhuma fotografia das mesmas.
Somos, supostamente, também obrigados a acreditar que seria possível encobrir uma acção que envolvia seis milhões de pessoas.

O cenário do gaseamento, supostamente, ter-se-à desenrolado da seguinte forma: um comboio carregado de Judeus chegava a Auschwitz. Eles eram separados em dois grupos, os que estavam capazes para o trabalho e aqueles que não estavam. Este último grupo era levado para o crematório logo de seguida. Primeiro iam para uma sala para se despirem. Depois eram levados para uma outra sala, que, supostamente, era um chuveiro ou uma sala de desinfestação. Quando estavam nessa sala, eram fechados e gaseados. Poucos minutos depois, os guardas entravam e carregavam os cadáveres para fora e levavam-nos para os fornos para serem cremados.
Se seis milhões tivessem sido gaseados, este cenário teria que ter sido repetido milhares de vezes. Façam as contas. Isto teria que ter acontecido, pelo menos, doze mil vezes, em diversos campos, para além de um período de vários anos. Esta cena macabra é algo que um fotógrafo daria o seu braço direito para fotografar, especialmente quando envolvia mulheres despidas. Mas, supostamente, era proibido tirar fotografias. Por isso, não foram tiradas nenhumas fotografias. Isto não faz qualquer sentido. Os guardas prisionais faziam a lei entre eles. Não se poderia impedir que eles tirassem fotografias. Perguntem a
Lynndie England – e aos seus muitos fans e imitadores que pensam que tudo isto é uma grande anedota.
Se o cenário do gaseamento tivesse realmente acontecido, repetindo-se milhares de vezes, teriam que existir fotografias. Mas não existe nenhuma.
Não existem fotografias de alguém a ser gaseado porque ninguém foi gaseado.


Resumo

Arthur Butz é um dos grandes pioneiros deste assunto. Ele fez do seu ponto essencial que isto teria que ser uma coisa simples.
Se estiverem a considerar a questão de que estará ou não um elefante na vossa arrecadação, não precisarão de lá ir e verificar com uns óculos especiais. Não precisam de construir um grande e envolvente argumento para esclarecer a questão. Se o elefante lá estiver, é evidente que ele lá está, e se não estiver, obviamente que ele não estará.
Da mesma forma, a questão de que se os seis milhões de Judeus foram ou não gaseados não pode ser uma questão obscura. Tem que ser óbvia, de uma maneira ou de outra. Essa é a razão porque comecei o meu argumento com a prova física, as próprias salas. Uma vez que vejamos que a sala não é uma câmara de gás, tudo o resto cai por terra. Claro que não existe qualquer documentação sobre as câmaras de gás. Como é que pode haver? Claro que não existe nenhumas fotografias de ninguém a ser gaseado. Como é que pode haver? Aquilo não é uma câmara de gás!


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