segunda-feira, 23 de março de 2009

As Vitórias do Revisionismo do Holocausto (II)



2) Em 1960, Martin Broszat, membro do Instituto de História Contemporânea de Munique, escreveu «Nem em Dachau, nem em Bergen-Belsen, nem em Buchenwald foram gaseados judeus ou outros prisioneiros» (Die Zeit, 19 de Agosto de 1960, p. 16).

Observação: Esta concessão súbita e inexplicada é significativa. No processo de Nuremberga, a única câmara de gás homicida que a acusação se atrevera a mostrar fora a de Dachau e numerosos haviam sido os testemunhos de gaseamentos homicidas nos três campos supra mencionados. M. Broszat reconhece, pois, implicitamente, que aqueles testemunhos eram falsos. Não nos diz em quê eram falsos. Não nos diz igualmente porque razão outros testemunhos referentes, por exemplo, a Auschwitz, Majdanek, Treblinka, Sobibor ou Belzec, ao invés, continuariam a ser dignos de fé. Nos anos 80, em Dachau, um letreiro informava em cinco idiomas que «a câmara de gás disfarçada de duche» que os turistas visitavam «nunca havia sido utilizada» como tal. Os revisionistas perguntaram então por que motivo aquele habitáculo podia ser classificado como «câmara de gás» homicida. E por isso as autoridades do Museu de Dachau retiraram esse letreiro para o substituir por um outro que, em alemão e inglês, diz agora: «Câmara de gás. Aqui se encontrava o centro potencial de assassinato em massa», e acrescenta que «até 150 homens de cada vez podiam ser gaseados» neste espaço com Zyklon B. Note-se o emprego das palavras «potencial» e «podiam» (em inglês, «potential» e «could»). A escolha destas palavras testemunha uma intenção abjecta de logro: sugere aos turistas a ideia de que a dita «câmara de gás» serviu efectivamente para matar, mas, ao mesmo tempo, permite replicar aos revisionistas: «Não afirmámos expressamente que esta câmara de gás serviu para matar, apenas dissemos que podia ou teria podido servir, à época, para matar tantas pessoas». Para concluir, em 1960, M. Broszat, sem nenhuma explicação, decretou numa simples carta que ninguém havia sido gaseado em Dachau; nos anos seguintes, as autoridades do Museu de Dachau, manifestamente incomodadas, tentaram mediante diversos embustes que variaram ao longo do tempo, enganar os visitantes deixando-os crer que nessa sala com aspecto de duche (et pour cause, uma vez que outra coisa não era) se havia efectivamente procedido ao gaseamento de pessoas.

10 comentários:

Leo Gott disse...

Vitória???? Tem certeza?

http://holocausto-doc.blogspot.com/2007/08/66-perguntas-e-respostas-sobre-o_1381.html

Mais uma falcatrua dos "revisionistas".

Roberto disse...

Como ocorreu vitória se as câmaras de gás e o extermínio de judeus ocorreu? Depois os "revis" não querem ser chamados de negacionistas do Holocausto.

Johnny Drake disse...

Leo Gott,
aconselho-o a ver (ou a rever) o início do documentário "Holocaust Revisionism for Beginners".

Roberto,
como me explica que, se tudo ocorreu (tal como outros massacres, perseguições, etc.), apenas o Holocausto trás consequências graves se questionado? Na História da Humanidade foram muitas as guerras e muitas as mortes, foram muitos os conflitos, invasões, destruições, enfim... Ninguém é preso ou multado se questionar o que quer que seja. Se questionamos a forma, a proporção, as câmaras... já passamos a ser "anti-semitas".

E quanto ao "revis" e aos "negacionistas": se a sua estratégia é semelhante ao Gott, de vir para aqui, aos pulinhos, rotular, difamar, acusar toda a gente, então volte para onde veio.

Roberto disse...

Roberto,
como me explica que, se tudo ocorreu (tal como outros massacres, perseguições, etc.), apenas o Holocausto trás consequências graves se questionado? Na História da Humanidade foram muitas as guerras e muitas as mortes, foram muitos os conflitos, invasões, destruições, enfim... Ninguém é preso ou multado se questionar o que quer que seja. Se questionamos a forma, a proporção, as câmaras... já passamos a ser "anti-semitas".


Quantos eventos históricos que envolva mortes em massa tem um "movimento" militante político há mais de 4 décadas atuando e escrevendo livros e panfletos que ignoram todas as evidências de um genocídio e ficam tentando desacreditar(por motivações políticas) toda pesquisa histórica feita em centros acadêmicos?

E só pra ilustrar a falácia de que só ocorre esse tipo de questão política e jurídica com o Holocausto, na Turquia é crime afirmar que houve genocídio sobre os armênios. Ao contrário do choro "revi", o Estado Turco põe em prática criminalmente quem simplesmente afirma que os turcos fizeram um genocídio contra os armênios e não vejo nenhum "revisionista" se indignar com a Turquia.

Roberto disse...

"E quanto ao "revis" e aos "negacionistas": se a sua estratégia é semelhante ao Gott, de vir para aqui, aos pulinhos, rotular, difamar, acusar toda a gente, então volte para onde veio."

O termo "revi" é diminutivo de "revisionista", pra não escrever a palavrar maior se opta escrever dessa forma menor, mais prática. Ao contrário do que muitos "revis" pensam, o termo diminutivo foi adotado por ser mais prático para não citar o nome inteiro "revisionista".

O termo negacionismo se dá porque os que se auto-rotulam como "revisionistas" não revisam a História e sim a negam, não é algo escolhido aleatoriamente. Não rotulei, eu uso os termos porque é isto que de fato os que se auto se denominam como "revisionistas" negam fatos.

Ao contrário de vocês, eu deixo a critério totalmente do dono do blog a publicação ou não do comentário, não faço cobranças em relação a publicação, quem determina ou deve determinar o que é publicado é o dono do blog.

Esse é meu entendimento da questão do dono do blog publicar algo ou não, pra mim, quem administra o blog tem total autonomia de não publicar algo que não queira.

O que critico firmemente é quando a parte oposta cobra um tratamento diferenciado no nosso espaço(tratamento privilegiado) quando há uma série de restrições no espaço "revisionista".

Leo Gott disse...

Drake,

Como você não deve ter lido o que eu postei vou transcrever abaixo, especificamente sobre o Dr.Broszat (os grifos são meus):

Os negadores do Holocausto, por exemplo, só apresentam o ponto de vista segundo o qual nunca se usou a câmara de gás. Citam com freqüência uma carta escrita em 1960 pelo diretor do Institut für Zeitgeschichte (Instituto de História Contemporânea), de Munich (ver Die Zeit, 19 de agosto de 1960, p. 16):



Nenhum gaseamento em Dachau
Não gasearam nem judeus nem outros prisioneiros
em Dachau, em Bergen-Belsen e nem em Buchenwald.

A carta, por exemplo, confirma que os gaseamentos em massa aconteceram nos campos maiores. Mas os negadores do Holocausto não gostam de mencionar esta parte. Tampouco eles gostam de mencionar que, desde 1960, o Instituto tem realizado mais investigações e tem chegado a uma nova conclusão:

Agora dizem:

...se construiu uma câmara de gás [em Dachau] ... realizaram uns poucos
gaseamentos experimentais, segundo tem confirmado investigações mais
recentes.


Finalmente, a "mídia", em sua maioria, afirma os fatos reais: que Dachau foi usado para gaseamentos em uma escala muito pequena. A questão de se o termo "campo de gaseamento" é apropriado dependeria provavelmente do contexto.

Se o IHR pode apresentar uma citação em um jornal ou revista em que foi impresso algo incorreto, que apresentem.

Não será a primeira vez, nem a última, que algo foi impresso incorretamente.

Se os negadores do Holocausto crêem que os erros nos jornais ajudam a demonstrar que o Holocausto não ocorreu, estão muito equivocados.


Se o que eu entendi esta errado por favor ME apresente um "Estudo do Revisionismo FOR DUMMIES".

Robert Faurisson pegou uma carta do Dr.Broszat e fez o qu historiadores chamam de "quote-mining", ou seja:

Pinçam uma parte de um texto e o colocam fora de contexto para da a entender o que ELES QUEREM QUE SEJA.

Isso é honesto Drake?

Leo Gott

Johnny Drake disse...

Quando você responder ao "sabão", aos "candeeiros de pele tatuada", aos "testemunhos" falsos e às fotografias forjadas, eu talvez possa dizer qualquer coisa sobre "honestidade"...

Johnny Drake disse...

Roberto, sobre o que é aqui "censurado", já respondi noutro post. Se querem respeito na "vossa casa", não é aqui que devem vir deixar o lixo!
Isto não é um fórum, caso não tenha reparado.

Leo Gott disse...

Drake,

sobre o sabão:

http://www.nizkor.org/features/techniques-of-denial/soap-01.html

Sobre os abajures:
http://www.nizkor.org/features/techniques-of-denial/clay-koch-01.html

Agora sobre os testemunhos você precisa me informar qual e em qual tribunal o mesmo foi dado. (Aliás, já te fiz esta pergunta e você deve ter se esquecido)

Idem acima, para as fotos, vocês afirmam que são tantas, entào apresente-as.

Leo Gott

Johnny Drake disse...

Sobre as “explicações” da história do sabão, ficamos a saber que, afinal, nunca ninguém acreditou naquilo; que “tentar fazer” e “fazer” é quase a mesma coisa, que não há qualquer problema com as contradições dos depoimentos dos Britânicos em Nuremberga; mas se as contradições forem de revisionistas já é um claro sinal de “falta de credibilidade”, etc. O mesmo se passa com os candeeiros de pele humana: o Nizcor preocupa-se mais em tentar descredibilizar a opinião dos revisionistas do que apresentar provas conclusivas.
Sobre ambos os casos existem exemplos da bibliografia revisionista que apenas não coloco porque… nunca são considerados por serem “pouco sérios”.

Sobre as fotografias, pode ver algumas aqui:
http://members.libreopinion.com/us/revision5/fotos.htm

Mas são… “pouco sérias”. Poupe-me as fotografias das atrocidades dos nazis porque já as vi quase todos.

Sabe, existiu uma guerra, caso não tenha reparado. E numa guerra, as atrocidades são SEMPRE DOS DOIS LADOS. Mas a História “dos vencedores” tem atribuído sempre as coisas más e cruéis aos nazis. Porém, pouco a pouco, as coisas têm vindo a ser alteradas e o mundo já percebeu que os “Aliados” também deveriam ser culpados de muitos crimes de guerra. Porém, cabecinhas pensadoras como as vossas, defendem que isso é “branquear” o nazismo ou então avançam com a conversa do “anti-semitismo”.

E depois ainda me pergunta-me “quais foram os testemunhos falsos dados em Tribunal”??? Quer que comece nos que diziam haver câmaras de gás onde nunca houve e que acabe nos que simplesmente davam conferências a mostrar um “sofrimento” que nunca tiveram, como este: http://www.elmundo.es/elmundo/2005/05/11/sociedad/1115808137.html