(Continuação)
3 - ESCAPAR À MORTE E AO CAMPO DE JANOWSKA
VO - Hitler fazia 54 anos e o dia 20 de Abril de 1943 ia ser comemorado com o assassínio de dezenas de Judeus no campo de concentração de Janowska, perto de Lvov. As SS levaram Wiesenthal e outros presos para junto de uma vala comum onde já havia corpos. Obrigaram-nos a despir-se e a atravessar um corredor de arame farpado. O tiroteio começou. Um apito interrompeu as espingardas e ouviu-se um grito: "Wiensenthal!" Foi salvo no limite. Valeu-lhe a amizade de Adolf Kohlrautz, o militar das SS com quem trabalhava na oficina de pintura. O oficial alegou que ele era essencial para pintar um cartaz com uma cruz suástica e a frase "Obrigado, Fuhrer". Conseguiu. Em Outubro desse ano, Kohlrautz avisou-o que o campo ia fechar e os seus prisioneiros seriam exterminados. Deu-lhe um salvo-conduto para ir a uma loja na cidade com outros prisioneiros e um guarda. Fugiram pelas traseiras.
NV - O episódio é empolgante. Mas não há nada que o confirme nem que o desminta. E, mais uma vez, as datas são contraditórias. Wiesenthal disse uma vez que Kohlrautz tinha morrido em 1945 a defender Berlim. Mais tarde garantiu a um biógrafo que o oficial fora uma das baixas das forças do III Reich na frente russa, em 1944. Dez anos depois, num juramento sobre as perseguições que sofreu, não fez qualquer menção a esta história. Nunca disse que o alemão o tinha salvo, nem mesmo no testemunho que deu aos americanos em 1945.
COMENTÁRIO: O episódio não é apenas empolgante. É absolutamente delirante e óptimo para ser adoptado como argumento para um filme de comédia tal não é a PALHAÇADA! (Não encontrei outro adjectivo...). A contradição atinge o limite com o esquecimento total de quem, supostamente, o salvou da morte. Mais palavras para quê? Resta-nos apenas rir. E muito! rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrs
(continua)
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