sexta-feira, 14 de agosto de 2009

David Irving e os "Campos Aktion Reinhardt" (XII)



(continuação)



Os três Campos Reinhardt eram Campos de Passagem

Em 31 de julho de 1942, o Reichskomissar para a Bielo-Rússia, Wilhelm Kube, envia um telegrama ao Reichskomissar para os territórios ocupados do leste, Hinrich Lohse, onde ele protesta contra a deportação de 1.000 judeus do Gueto de Varsóvia para Minsk. [47] Como a deportação dos judeus do Gueto de Varsóvia iniciou oito dias antes e todos os pesquisadores são uníssonos que naquele exato momento todos os judeus deportados de Varsóvia foram para Treblinka, os 1.000 judeus mencionados por Kube tiveram que forçosamente ter passado por Treblinka até chegar a Minsk. Em 17 de agosto de 1942, o jornal clandestino polonês, Informacja Beizaca, reportou a 1 de agosto que 2.000 operários judeus foram deportados de Varsóvia até Smolensk. [48] Em 7 de setembro de 1942, o mesmo periódico informa que dois transportes com o total de 4.000 deportados chegaram de Varsóvia para trabalhos forçados nas importantes instalações em Brzesc e Malachowicze. [49]

Eu estou muito bem ciente que estas cifras representam uma pequena parcela dos judeus transportados para Treblinka e que os anti-revisionistas irão contra-argumentar que todos estes casos são “exceções”. Por outro lado, cada judeu que deixou com vida Treblinka ou algum outro dos dois Campos Reinhardt, confere um forte golpe contra a versão oficial, pois é afirmado que todos os judeus destes campos não foram registrados e foram gaseados independente de idade e estado de saúde. E quando os anti-revisionistas rotulam os casos mencionados como “exceções”, nós temos todo o direito em perguntar, quantas outras exceções ainda existem.

Um determinado número de judeus foi dos Campos Reinhardt para Majdanek ou Auschwitz. Como a historiadora polonesa Zofia Leszcznska, a qual pode-se com dificuldade lhe atribuir qualquer simpatia pró-revisionismo, declarou que em outubro de 1942, 1.700 judeus foram transferidos de Belzec para Majdanek. [50] O fato basta por completo para desferir um golpe mortal contra a versão oficial, onde menos de dez judeus sobreviveram em Belzec.

Em um artigo sobre “judeus em Majdanek”, os historiadores judeus Adam Rutkowski e Tatiana Berenstein escreveram:

“Alguns transportes de Varsóvia alcançaram Lublin via Treblinka, onde aconteceu uma seleção dos deportados”.

Para a historiografia oficial, esta frase é mortal! Em 30 de abril de 1942, um transporte com 350 judeus de Treblinka chegou a Majdanek. Um dos judeus atingidos aqui, Samuel Zylbersztain, escreveu depois um relatório sobre sua impressionante experiência. [52] Após o “Campo de Extermínio” Treblinka e o “Campo de Extermínio” Majdanek, ele sobreviveu ainda a oito “normais” Campos de Concentração. Ele é uma prova viva que os alemães não exterminaram seus prisioneiros judeus.

O autor do livro até então mais completo sobre Sobibor [53], o judeu holandês Julius Schelvis, esteve ele próprio internado em Sobibor. Naturalmente ele apresenta este campo como uma fábrica da morte, porém, sua descrição baseia-se somente e unicamente naquilo que ele escutou de alguém ou leu em algum lugar, pois Schelvis permaneceu apenas algumas horas em Sobibor. De lá ele foi para Lublin e de Lublin, posteriormente para Auschwitz, antes que ele finalmente retornasse para a Holanda. Schelvis não foi um caso único: pelo menos 700 outros judeus holandeses foram deportados de Sobibor para outros diferentes campos de trabalho; alguns deles retornaram para a Holanda via Auschwitz (um outro “Campo de Exgtermínio”!). [54]

Muito esclarecedor é o caso da judia tcheca nascida em setembro de 1874, Minna Grossova. Ela chegou a Treblinka em 19 de outubro de 1942, onde segundo a historiografia oficial, até mesmo os judeus aptos ao trabalho foram gaseados sem ser registrados. A senhora Grossova, de 69 anos, foi transferida, todavia, para Auschwitz, onde segundo a mitologia do “Holocausto”, os judeus inaptos ao trabalho foram imediatamente gaseados sem ser registrados. Mas por inúmeras vezes a senhora “Grossova” escapou das “câmaras de gás”; ela foi registrada regularmente e faleceu em 30 de dezembro de 1943 em Auschwitz. [55] Do ponto de vista da história ortodoxa do “Holocausto”, o destino desta mulher é totalmente inexplicável.

Que comparativamente poucos transportes dos Campos Reinhardt para outras localidades estejam documentadas, deixa-se explicar facilmente. Já em 1945, os vencedores da Segunda Guerra Mundial tinham decidido perpetuar a lenda do extermínio dos judeus e pode-se partir da suposição que inúmeros documentos, que contrariem a “verdade” oficial, tenham desaparecidos em algum arquivo ou foram “evacuados”. Poder-se-ia me acusar aqui de utilizar o mesmo truque dos defensores da versão oficial, que explicam a falta de prova documental para as câmaras de gás para assassinato de pessoas, com a alegação de que os alemães tinham destruído todas as provas. Porém, esta acusação não se sustenta, pois minha posição é bem fundamentada. Houvesse um único documento sobre os gaseamentos, então eu teria que me corrigir, que outro também poderia existir, mas não obstante, já são decorridos 64 anos e nunca apareceu tal documento. Por outro lado, existem sim diversos documentos para transportes a partir dos três Campos Reinhardt para outros lugares, e para cada um desses podem existir centenas de outros.


(continua)

1 comentários:

Diogo disse...

Exactamente aquilo que eu só há pouco descobri. Estes campos eram campos de passagem para a União Soviética, cuja bitola de caminhos de ferro era diferente.