Há exatamente dez anos, a 15 de junho de 1995, Jean-Claude Pressac capitulou. Porém, o texto de sua capitulação foi somente publicado – discretamente e em letras miúdas – ao final de um livro publicado por Valérie Igounet, em abril de 2000, sob o título Histoire du négationnisme en France, Éditions du Seuil.
Deve-se recear que muitos leitores daquela obra lançaram somente uma rápida espiada nestas últimas duas folhas (pág. 651 e 652); elas ocuparam apenas uma pequena parte do amplo espaço que V. Igounet concedeu a J.-Claude Pressac para sua exposição. Mas elas são de vital importância para a história da controvérsia em torno das “câmaras de gás nazistas”. J.-C. Pressac explicou claramente no final das contas que o dossiê oficial da história dos Campos de Concentração NS está “apodrecido”. Ele acrescenta ainda que este dossiê está irremediavelmente apodrecido e destina-se “claramente ao lixo da história”! Ele faz uma veemente acusação contra a “lembrança” que obteve preponderância histórica, contra considerações inspiradas em “ressentimentos e vingança”, contra comunistas e suas associações que se tornaram guardiães de uma falsa verdade (ele não ousou fazer tal acusação contra os judeus e associações judaicas). Ele escreveu:
“Tolices, exageros, omissões e mentiras caracterizam a maioria dos relatos sobre aquele período”.
Ele pergunta:
“Pode-se retroceder este desenvolvimento?”
e ele próprio fornece a resposta:
“É muito tarde. Uma retificação geral é humano e materialmente impossível”.
(...)
Para esta mudança súbita de opinião por parte de Pressac existe uma explicação. A 15 de junho de 1995, quando ele assinou sua capitulação, o homem estava ainda totalmente sob o efeito da humilhação que sofrera um mês antes, exatamente a 9 de maio do mesmo ano, ante a XVII Corte Parisiense de Apelação sob direção da juíza Martine Ract-Madoux. Em setembro de 1993, a publicação de seu livro Les Crématoires d’Auschwitz. La Machinerie de meurtre de masse (Os crematórios de Auschwitz. A maquinaria do genocídio) teve retumbante repercussão na mídia. Em contraposição, eu publiquei um pequeno livro com o título Réponse à Jean-Claude Pressac sur le problème des chambres à gaz (Resposta a Jean-Claude Pressac sobre o problema da câmara de gás). Por causa deste livro eu fui obrigado a comparecer diante dos tribunais, precisamente por causa da lei Fabius-Gayssot, a qual proíbe a negação do crime contra a humanidade, assim definido e condenado pelos juízes em Nurenberg. Meu advogado Eric Delcroix e eu exigimos o comparecimento de J.-C. Pressac para testemunhar e no caso dele não aparecer, que fosse intimado e levado aos tribunais.
(...)
A mídia ocidental festejou J.-C. Pressac como um tipo de gênio que, assim foi afirmado, teria liquidado com o Revisionismo, assim como com Robert Faurisson. Quando ele faleceu a 23 de junho de 2003, com 59 anos, sua morte permaneceu completamente ignorada. Nenhum daqueles jornais ou revistas que outrora o festejaram, nem ao menos citaram seu falecimento.
O 15 de junho de 1995, quando foi assinada a capitulação de J.-C. Pressac, representa uma das mais marcantes datas da história do Revisionismo.
Robert Faurisson
1 comentários:
«Tolices, exageros, omissões e mentiras caracterizam a maioria dos relatos sobre aquele período. Pode-se retroceder este desenvolvimento? É muito tarde. Uma retificação geral é humano e materialmente impossível.»
Uma frase que devia ressoar nos tímpanos de todos os adeptos do mito.
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