sábado, 30 de maio de 2009

Os Limites do Terrorismo e Outras Notícias


O artigo é interessante e decidi, tendo em conta as críticas de que coloco demasiadas coisas em Inglês, disponibilizar a tradução da mesma em "Português" (com o devido respeito pelo tradutor e pelo seu trabalho, tive que colocar as aspas depois de ler o texto...).

Original em inglês: The Limits of Terrorism

Tradução: Joseph Skilnik

O terrorismo funciona, isto é, consegue alcançar os objetivos dos seus perpetradores?

Com os ataques do terror tendo se transformado em uma rotina e em uma ocorrência quase diária, especialmente no Iraque, Afeganistão e Paquistão, a sabedoria popular sustenta que o terrorismo funciona muito bem. Por exemplo, o já falecido Ehud Sprinzak da Universidade Hebraica atribuiu a predominância do terrorismo suicida à sua "pavorosa eficácia". Robert Pape da Universidade de Chicago argumenta que o terrorismo suicida está aumentando "porque os terroristas aprenderam que ele compensa". O professor de direito de Harvard, Alan M. Dershowitz, intitulou um de seus livros Porque o Terrorismo Funciona.

Mas Max Abrahms, membro na Universidade de Stanford, contesta esta conclusão, observando que ela se foca estreitamente nas famosas vitórias, porém raras, do terrorismo - ignorando, o mais amplo, se não o mais obscuro do padrão dos fracassos do terrorismo. Para remediar esta deficiência, Abrahms analisou detalhadamente cada um dos 28 grupos terroristas assim designados pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos desde 2001 e calculou quantos deles alcançaram seus objetivos.

Seu estudo, "Porque o Terrorismo não Funciona", descobriu que esses 28 grupos tiveram 42 objetivos políticos diferentes e que alcançaram somente 3 deles, uma taxa de êxito desprezível de 7 por cento. Essas três vitórias seriam: (1) o sucesso de Hisbolá em expulsar tropas de paz multinacionais do Líbano em 1984, (2) o sucesso do Hisbolá em expulsar as forças israelenses do Líbano em 1985 e em 2000 e (3) o sucesso parcial dos Tigres Tâmeis na conquista do controle sobre as áreas do Sri Lanka após 1990.

Pode continuar a ler sobre este assunto aqui.

Paralelamente, gostaria que analisassem esta notícia sobre os supostos abusos em Abu Ghraib.

A eterna luta dos "bons" contra os "maus" leva sempre à tomada de medidas radicais que permite, mais tarde ou mais cedo, uma desculpabilização das mesmas porque... as intenções eram boas... Era tudo feito para "nos proteger"... Tudo fazia parte da tal "guerra preventiva" - a "guerra boa dos bons" - à qual se associam os tais "danos colaterais" que para outros - os "maus" - têm a denominação de "massacres" ou "genocídios".

Outros "crimes" que parecem estar a tomar proporções interessantes - se a situação não fosse trágica passava por cómica - são os denominados "crimes do pensamento" - reparem na fotografia o pormenor de apanhar Toben a fazer uma "saudação" muito peculiar (este jornalismo independente espanta-nos pelo seu profissionalismo!).

Existem certos grupos de pressão que sempre que dão uns pulinhos de indignação, obrigam alguns governantes a "retratarem-se", numa quase humilhação cada vez mais difícil de suportar.

Para essa gente, pior do que ser homicida, pedófilo ou corrupto, é ser um "revisionista"! Porque todos têm que pagar! Todos... os que algum dia se atreveram a enfrentar os representantes do "povo eleito". Não me admirava nada que ainda inventassem uma lei para que, mesmo depois de morto, alguém lhes fosse cobrar alguma coisa...

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