O Prémio Nobel da Paz e sobrevivente do Holocausto Elie Wiesel fez um pedido à Organização das Nações Unidas para que esta tomasse uma medida de posição contra o Presidente Iraniano Mahmoud Ahmadinejad por considerar que este incitou ao genocídio, em vez de permitir que ele falasse na Assembleia Geral daquela organização.
Wiesel falou para milhares de pessoas numa autêntica campanha para aconselhar os chefes de estado a fazerem de tudo para impedirem o Irão de obter armas nucleares – algo que Teerão nega estar a fazer, mas que o poderes Ocidentais suspeitam ser o verdadeiro objectivo do seu programa nuclear. O vencedor do prémio Nobel da Paz acrescentou que Ahmadinejad, que terá afirmado que Israel deveria ser limpo do mapa, deveria ser acusado de fazer "propaganda a políticas de genocídio”. [leia a notícia na íntegra]
Apesar de "santificado" pela religião do Holocausto, Elie Wiesel nunca deixou de ser um dos testemunhos mais contraditórios de sempre.
Apesar de "santificado" pela religião do Holocausto, Elie Wiesel nunca deixou de ser um dos testemunhos mais contraditórios de sempre.
Quanto ao facto daquilo que, realmente, o Presidente Iraniano Mahmoud Ahmadinejad anda a dizer pelo mundo, recordemos o que aqui referimos. Sem pretender fazer de advogado de quem quer que seja, facilmente se percebe que, quando convém, é muito fácil arranjar um “bicho papão” que sirva depois para desculpa do que vem a seguir. O pior é que com tantos “bichos” desses e com tantos “a seguir”, seguiram-se guerras destrutivas que pouco ou nada nos beneficiaram. Talvez possamos mesmo dizer que apenas nos prejudicaram.
Vivemos num mundo em que rapidamente se passa de caçador para presa. Tudo depende do lado em que estamos, do que dizemos e do que fazemos. E se o “big brother” sionista se sentir ofendido com alguma coisa, só nos resta ouvir, pacientemente, os seus gritos histéricos de quem vê cair, dia após dia, a máscara.
2 comentários:
É sempre com interesse que se ouve Elie Wiesel. Ainda me lembro da sua descrição da chegada a Auschwitz:
«Não muito longe de nós, chamas elevavam-se dum fosso, gigantescas chamas. Eles estavam a queimar algo. Um camião aproximou-se da cova e descarregou a sua carga – crianças pequenas. Bebés! Sim, eu vi – vi-o com os meus próprios olhos... Aquelas crianças nas chamas. (É surpreendente que eu não tivesse conseguido dormir depois daquilo? Dormir era fugir dos meus olhos.)»
«Um pouco mais longe dali estava outra fogueira com chamas gigantescas onde as vítimas sofriam “uma lenta agonia nas chamas”. A coluna de Wiesel foi conduzida pelos Alemães a "três passos" da cova, depois a "dois passos." "A dois passos da cova foi-nos ordenado para virar à esquerda e ir-mos em direcção aos barracões."»
Esses "testemunhos" (multiplicados por centenas ou milhares) serviram como prova para condenar uma nação inteira por um crime que eles não cometeram! Claro que houve uma clara violação daquilo que entendemos hoje serem os conceitos mais básicos da condição humana. Disso não há dúvidas. Inúmeras pessoas foram privadas dessas liberdades mais básicas, disso não há dúvidas. Mas desde quando é que um testemunho pode servir de prova sem que o mesmo seja confirmado/verificado?!...
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