quinta-feira, 21 de maio de 2009

O Livro da Quinta


Evandro Cristofolini (podem ver o seu blogue aqui) deixou um comentário num 'post' anterior onde alertava para a saída de mais um livro pertencente à "linha testemunhal pseudo-literária Anne Frank". O livro foi editado no Brasil (a versão original pode ser adquirida aqui) e, com a devida vénia, vou fazer o "copy-past" do comentário do Evandro que considerei bastante demolidor.

"CHEGOU EM NOSSAS BIBLIOTECAS ESCOLARES UM LIVRO: “A MALA DE HANA” uma história real, da autora Karen Levine.Logo que o vi me interessei sobre seu conteúdo, já que se trata do famoso HOLOCAUSTO.

Para quem só conhece a versão oficial do Holocausto, o livro só reforça o que já se sabe, mas para quem já conhece um pouco da OUTRA versão, há muitas observações a se fazer. Se você for ler, ao terminar compartilhe comigo dessas dúvidas.

NO LIVRO CONSTA QUE:

Os judeus, e assim a família de Hana, eram obrigados a usar um pano amarelo com uma estrela quando saíam de casa. Mas por que as fotos de Hana e do irmão que constam no livro os mostram sempre tão sorridentes e felizes? (sem estrela e nem pano amarelo! Mesmo depois de seus pais terem sido enviados para os campos!)

Os desenhos de Hana: se os campos de concentração eram tão superlotados assim, se passavam fome, dormiam amontoados, como ainda podiam se organizar para aulas de pintura e música? No livro diz que nunca tinham privacidade, nunca havia comida suficiente, e ainda por cima, muitos nazistas CRUÉIS para patrulhar os campos!! (que espertos esses jovens judeus não? conseguiam burlar toda essa fiscalização! Impressionante!...)

Se os campos de concentração eram tão terríveis assim, os nazistas sempre cruéis e cheios de cães raivosos, prontos para atacar, como se explica que Hana poderia sair de vez em quando e ir sozinha até o prédio dos meninos para falar com seu irmão? Será que nenhum carrasco nazista com seu cão rangedor de dentes não iria perceber? E que coragem de Hana, você não acha?...Se os campos de concentração eram tão terríveis assim, por que as meninas podiam passar algumas horas por dia no pomar, cuidando das plantas e flores, e como menciona o livro, ainda aproveitando para fazer uma "boquinha" e comer alguns moranguinhos? Pelo certo teria que haver um carrasco gritando, mandando todo mundo calar a boca, talvez atirando em uma delas para servir de exemplo!! Se tivesse escrito isso, não teria ficado tão na cara!

Se o objetivo dos carrascos nazistas era matar essas pessoas, porque não fizeram isso logo no começo? Se a morte era assim tão previsível, não teria sido mais prático para os alemães matarem todos com um tiro na cabeça? Teriam poupado muito "gás venenozo"!

Se tantos inocentes judeus morreram nas alegadas câmaras de gás, milhões e milhões, tendo depois os seus corpos queimados, não deveriam existir montes de cinzas para a comprovação?Interessante que na história “real” de Hana, ela e o irmão estão sempre firmes, os pais são presos, e eles nem choram! Vão morar com os tios, mas todo dia almoçam na casa deles, onde a empregada faz a comida de sempre! (isso não é estranho?). Relato impressionante esse, tem até os pensamentos dela e do irmão, a narração é em primeira e em segunda pessoa, com inúmeros detalhes. Qual é a fonte?
Talvez tenha queimado em algum incêndio!!!...


O HOMEM DOS CUPONS: muito estranho também o fato contado de que o homem que distribuía cupons para o almoço ter gostado de Hana, os nazistas não eram sempre carrancudos e mal educados? Por que o soldado que distribuía o cupom ia mandar colocar mais pão em sua comida? Se ela seria enviada para uma suposta câmara de gás, qual o objetivo de alimentar? E depois, se dizem que os nazistas não gostavam de judeus, como ela explica o fato de um soldado querer dar mais comida para ela?...Aulas secretas no sótão dos prédios de concentração? Sem comentários...

Aulas de corte e costura? Se viviam empilhados e com fome, como as meninas teriam condições de dar cursos de corte e costura para si mesmas?

Professor de artes? Não era um prédio só para meninas? De onde vinha esse professor de artes? Será que os carrascos nazistas não iriam perceber que nesse prédio onde ela teria passado dois anos, havia aula de música e pintura? E as brincadeiras? Se estavam tão desesperados assim, tão empilhados e com fome, é de admirar que tivessem ânimo para brincar!!

O livro que mostra uma história “real”, conta que Hana reclamava que nunca havia o suficiente para matar a fome, os moradores recebiam uma rosquinha frita, uma vez por semana. Ela nunca comia a sua, deixava para entregar ao seu irmão!!Que emocionante! Ela estava morta da fome, ganhava uma rosquinha frita por semana e ainda não comia? (Meu Deus, qualquer leitor atento percebe que tem algo errado aí!)

Diz no livro (pág 83) o seguinte: Hana e suas antigas companheiras de quarto marcharam (já em Auschwitz, em direção às supostas câmaras de gás). Passaram por grandes barracões, viram os rostos esqueléticos dos prisioneiros, que olhavam pelas frestas das portas. Foram ordenadas a entrar num grande prédio. As portas se fecharam atrás delas com um barulho terrível!

Nesse fato a autora do livro se superou! Está narrando o que aconteceu com Hana, logo que chegou a Auschwitz. Até parece que a autora presenciou tudo, não é? Imagina, ela até sabe que o barulho da porta foi terrível! Quem contou isso a autora? Talvez algum soldado alemão com seu cachorro raivoso, arrependido de matar tantas criancinhas? Ou talvez o carrasco que acionou o suposto gás?...
Já que todos morreram pelo gás venenoso, como a autora pode “criar esse cenário”?


A MALA NÃO É ORIGINAL – ao final do livro tem uma observação, dizendo que a mala que foi enviada para o Japão não é a original, a “verdadeira” perdeu-se num misterioso incêndio? Desculpa perfeita não? Que incêndio mais conveniente!

O impacto de uma leitura dessas para os nossos jovens alunos é certeiro. Eles não vão se preocupar em fazer esses questionamentos, a maioria acredita no que lê, acha que é verdade!
Você já reparou como a visão tradicional do holocausto é repetida e VENDIDA incansavelmente? A maioria das pessoas que lerem esse livro vão lembrar de que os alemães mataram 6 milhões de judeus inocentes, um milhão e meio de crianças (FATOS NÃO COMPROVADOS!), que muitos foram mortos em câmaras de gás (QUE NÃO EXISTIRAM!).


LEIAM ESSE LIVRO, MAS PRESTEM ATENÇÃO PORQUE EM MUITAS OCASIÕES HÁ CONTRADIÇÃO ENTRE O QUE SE QUER INCUTIR SOBRE O HOLOCAUSTO E A HISTÓRIA DA MALA DE HANA.
NA MINHA OPINIÃO, JAMAIS ESSE LIVRO PODE SER UMA REFERÊNCIA SOBRE O HOLOCAUSTO, MUITO MENOS CONSIDERADO COMO UMA VERDADE HISTÓRICA!"


4 comentários:

Evandro Cristofolini disse...

A autora do livro ainda conta que quando a mãe de Hana foi levada pelos nazistas, ficou muito tempo nos campos, mas conseguiu mandar para a filha, no seu aniversário, um presente (colar) feito com pão!! Incrível que até a foto desses colares constam no livro! É de admirar que uma faminta num campo de concentração utilize o pouco pão que ganhavam para confeccionar um presente para a filha! Mais estranho é que ela conseguiu enviar esse presente do campo de "extermínio"! Será que ela conseguiu encontrar um nazista bonzinho?...
Entre outros fatos questionáveis!

Valeu pelo comentário e divulgação da opinião!
Disponibilizei o link de sua página em meu blog, se não se importa. Tenho orientado os alunos a questionar o que sempre escutaram, leram, assistiram, em relação ao holocausto, a fim de nos aproximarmos um pouco mais do que realmente aconteceu.
Um abraço.

Evandro Cristofolini disse...

Johnny, apenas uma curiosidade, percebi que o horário que consta em seu blog está adiantado em relação ao nosso horário aqui no Brasil, em que país se encontra?
Valeu.

Diogo disse...

Também já o acrescentei à minha lista, Evandro.

Johnny Drake disse...

Evandro, eu sou Português e estou em Portugal (de momento)...

Um abraço