segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Entrevista Com Vincent Reynouard



O jornal francês Rivarol visitou Vincent Reynouard na prisão de Valenciennes (França) e realizou uma entrevista, cuja tradução segue abaixo.

Rivarol: Você já está agora quase três meses na prisão. Como você se sente?

Vincent Reynouard: Bem. Os primeiro quinze dias em Valenciennes foram bastante difíceis, mas eu devo reconhecer que o motivo foi minha impaciência. Eu ainda não tinha entendido que numa nova prisão você deve ficar calmo no início e conhecer primeiro as “regras do jogo”. Uma vez que você as entendeu e aceitou, você recebe melhor o que lhe servem e tira da cabeça aquilo que está além da disponibilidade, então tudo melhora.

Rivarol: Você tem a impressão que os responsáveis na prisão lhe perseguem?

Vincent Reynouard: De forma alguma. Eu sou considerado e tratado como qualquer outro. Até um pouco melhor, porque eu estou numa cela individual, onde posso estabelecer meu próprio ritmo de vida (levantar cedo, dormir cedo). Eu gozo dos mesmos acessos às atividades que os outros. Eu utilizo a biblioteca e vou poder ter em breve um curso de alemão de seis horas através do CNED. Eu só posso me felicitar pela forma como sou tratado aqui. O dever para com a objetividade me obriga a falar isto em alto e bom tom.

Rivarol: Exato, falemos sobre suas atividades. Como você se ocupa durante o dia?

Vincent Reynouard: Meus dias são preenchidos com o aprendizado da língua alemã, responder as correspondências, orar, desenhar e os passeios (três horas diárias: uma hora e meia pela manhã e uma hora e meia à tarde). Além disso, tenho ainda os deveres normais da vida: comer, tomar banho, limpar a cela e minhas roupas uma vez por semana. Toda segunda-feira eu passo ainda uma hora na biblioteca.

Rivarol: Em sua primeira carta a Rivarol, você disse que estaria esperando pelo pior. O que nos diz agora sobre isso?

Vincent Reynouard: Eu estava equivocado. Claro que a biblioteca é pequena (do tamanho de uma biblioteca escolar), mas podemos encontrar lá livros interessantes, principalmente sobre questões sociais (suicídio, o islamismo, o problema Israel-Palestina, o futuro da humanidade...). Esta semana emprestei o livro “A República” de Platão. Você pode ver, existe o suficiente para se instruir.


Podem ler a notícia na íntegra aqui.

0 comentários: