sexta-feira, 10 de julho de 2009

David Irving e os "Campos Aktion Reinhardt" (IV)

David Irving e os "Campos Aktion Reinhardt" (I)


David Irving e os Campos Aktion Reinhardt (III)



(continuação)



As minhas questões a David Irving e a sua resposta

Em Março de 2009, soube que David Irving tinha dado todo tipo de conselho a um companheiro "negacionista do Holocausto," o Bispo Richard Williamson e recebi uma mensagem de uma senhora Francesa enfurecida com as declarações de Irving sobre Treblinka. No dia 2 de Abril, enviei um email a Irving, pedindo que ele respondesse às quatro perguntas seguintes:

- Acredita que tenha ocorrido um assassinato em massa de Judeus em Treblinka, Sobibor e Belzec?
- Se acreditava que esse assassinato em massa tinha, de facto, sido cometido, quais eram as provas?

- Neste caso, como e que o massacre ocorreu?

- Se ele, David Irving, leu o livro do Carlo Mattogno sobre Belzec e o livro Treblinka: Treblinka: Extermination camp or transit camp? [12], escrito por Carlo Mattogno e por mim?

No mesmo dia, recebi a seguinte resposta de David Irving:

"1. Ich bin der Auffassung, dass in besagten drei Lagern Massenvernichtungen stattgefunden haben ("durch Gas" lässt sich nicht beweisen, ist ja sehr umstritten).

2. Beweismaterial:

- Bekannter Briefwechsel Wolff/Ganzenmüller betr. Malkinia/Treblinka.

- Himmlers Anordnung, in Treblinka nichts auffindbar zurückzulassen, anschliessend einen Bauernhof darüber entstehen zu lassen [...].

- Persönliche Befragung zweier Zeugen... betr. Belzec, falls Echtheit nachweisbar.

- Höfle-Decode vom Januar 1943 und in Zusammenhang damit der Korherr-Bericht.

3. Für das Jahr 1942: Das Höfle-Dokument spricht von 1'274’166.Für 1942 und 1943 haben wir aus Himmler-Akten die Beuteziffer Reinhardt – Schmuck, Uhren, Münzen. Daraus lässt sich ungefähr eine Ziffer für das Ergebnis für 1943 zusammenreimen bzw. hochrechnen, und zwar mehr als 1 Million – Himmler spricht dem Mufti gegenüber von „3 Millionen".


[1. Na minha opinião, ocorreu um extermínio em massa nos supracitados três campos (não pode ser provado que foi efectuado pelo método de gás; como sabe, isso é altamente discutível).

2. A prova:

- A conhecida correspondência entre Wolff e Ganzenmüller no que diz respeito a Malkinia/Treblinka.

- A ordem do Himmler para não deixar qualquer vestígio em Treblinka e para se construir, mais tarde, uma casa de campo naquele local.

- Interrogatório a duas testemunhas… sobre Belzec, se a autenticidade [das suas declarações] poderem ser provadas.

- A mensagem decodificada de rádio de Höfle de 1943 de janeiro e nesta conexão o relatório de Korherr.

- A mensagem de rádio descodificada de Höfle de Janeiro de 1943 e a sua relação com o relatório de Korherr.

3. Para 1942: O documento Höfle menciona um número de 1 274 166. Para 1942 e 1943, documentos de Himmler revelam a extensão dos despojos de Reinhardt – jóias, relógios, moedas. Baseado nesta informação, é possível adivinhar ou calcular um número aproximado de 1943, cerca de um milhão - O ‘Mufti’ Himmler fala em “três "milhões”.]

O caso da ausência de resposta à quarta questão

Se, por um lado, David Irving forneceu respostas claras às minhas primeiras três questões, por outro lado, não se preocupou em responder à quarta: Se ele tinha lido o livro Treblinka – Campo de Extermínio ou Campo de Trânsito?, escrito por Carlo Mattogno e por mim e o livro de Mattogno sobre Belzec. No altura da viagem de Irving à Polónia, ambos os livros já estvam on-line há mais de três anos, e o historiador Britânico, que é altamente conhecedor desta literatura computorizada, facilmente se podia ter convencido do seu valor. A bibliografia de Treblinka contém mais de 200 títulos, aproximadamene duas dúzias em Polaco. Muitas dessas fontes Polacas são de vital importância, um dos méritos do nosso livro é fazê-lo acessível a pesquisadores que, tal como Irving, não entende a língua Polaca. Além do mais, Treblinka contém numerosas referências a documentos de arquivos Russos que nunca foram publicados em qualquer lingua Ocidental.

Apesar de Belzec ser muito mais pequeno que Treblinka, mesmo assim a sua bibliografia ainda abrange 80 títulos, 18 deles em Polaco. O capítulo mais importante é o terceiro, onde Mattogno analisa os resultados das perfurações e escavações forenses que foram executadas no local do antigo campo e finais de 1990.
Se David Irving não considerou necessário ler estes dois livros, isto só mostra que ele não está assim tão interessado em saber o que realmente aconteceu em Treblinka e em Belzec. Naturalmente, também é possível que ele, de facto, os tenha lido, mas que não esteja disposto a admiti-lo, porque, dessa forma, seria forçado responder aos argumentos dos revisionistas, especialmente os técnicos. Aliás, logo que alguém se aproxima da versão oficial dos campos de Reinhardt do ângulo técnico, o edifício monstruoso de mentiras entra imediatamente em colapso como um castelo de cartas.

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