quarta-feira, 15 de julho de 2009

David Irving e os "Campos Aktion Reinhardt" (VI)


(continuação)

O número de mortos de David Irving para os campos de Reinhardt

No seu trabalho sobre o "Holocausto," Raul Hilberg defende que 750.000 Judeus foram assassinados em Treblinka, 550.000 em Belzec e 200.000 em Sobibor[18], o que significa que de acordo com ele, o número total de mortos para os três campos de Reinhardt foi de 1,5 milhões. Este número é mais baixo cerca de 900.000 do que o defendido por David Irving (1,274 milhões para 1942, mais de um milhão para 1943 = aproximadamente 2,4 milhões).


Mas os absurdos não acabam aqui.

Considerando o seguinte:


- O número de Hilberg de 550.000 vítimas em Belzec é impossível porque, de acordo com o documento de Höfle (que não era conhecido em 1985 quando Hilberg publicou segunda edição "definitiva" do seu livro), 434.508 Judeus foram deportados para Belzec até 31 de Dezembro de 1942. Uma vez que todos concordam que Belzec foi fechado no final de 1942, não podem ter existido quaisquer deportações para este campo em 1943.
- Em virtude deste facto, o total de número de mortos para este campo não pode ter excedido 434.508, mesmo que cada Judeu deportdo para Belzec tenha sido assassinado aí (como tanto Hilberg como Irving supõem).
- Se Irving estiver correcto e se 2,4 milhões de Judeus foram, de facto, exterminados nos três campos de Reinhardt, mas "só" 434.508 deles em Belzec, as restantes 1,965,492 vítimas devem ter sido assassinadas em Treblinka e em Sobibor. Isto quererá dizer que os números combinados de Hilberg para estes dois campos (750.000 + 200.000 = 950.000) é inferior mais de um milhão!
Difficile est satiram non scribere - é difícil não escrever uma sátira!


O caso da ausência da arma assassina


Na sua resposta às minhas perguntas, David Irving declarou que não está provado que o (alegado) extermínio nos campos de Reinhardt tenha sido executado por meio de gás. Uma vez que Irving não mencionou qualquer método alternativo para o assassínio (por exemplo, fuzilamento), isto implica que a arma assassina simplesmente não é conhecida.
Nós sabemos exactamente como morreram as vítimas em Hiroshima e Nagasaki: Foram mortas pela explosão de bombas atómicas ou sucumbiram, mais tarde, devido à radioactividade. Nós sabemos exactamente como morreram as vítimas em Dresden: Foram queimadas vivas ou sufocaram sob os escombros das suas casas. Nós sabemos exactamente como morreram as vítimas em Katyn: Foram assassinadas a tiro pelos partidários de Estaline. Nós sabemos exactamente como as vítimas morreram os campos de Eisenhower, no Reno: Eles foram deixados deliberadamente morrer à fome.
De acordo com David Irving, 2,4 milhões de pessoas foram assassinados nos três campos de Reinhardt - muitos mais do que em Hiroshima, Nagasaki, Dresden, Katyn e nos campos do Reno em conjunto. Mas nós não sabemos como foram mortos! Naturalmente, isto implica que não exista uma única testemunha ocular de confiança para o holocausto de Reinhardt, pois se tal testemunha existisse, saberíamos como as vítimas foram exterminadas, ao menos no seu campo.


Vamos resumir: David Irving não consegue apresentar a mais pequena prova documental para o suposto assassínio em massa em Belzec, Sobibor e Treblinka. Ele admite implicitamente que não há uma única testemunha fidedigna. Mas se não há quaisquer documentos e testemunhas fidedignas, sobre que provas são baseadas as suas reivindicações?
Irving defende que há provas forenses, i.e. uma grande quantidade de restos humanos encontrados no local dos três campos de Reinhardt? Não, ele não o faz. Ele nem sequer menciona o relatório de Kola que, de acordo com os historiadores ortodoxos, prova que Belzec era um campo de extermínio. (Discutiremos este relatório mais tarde).


(continua)

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