TRADUÇÃO:
- Temos que assegurar que isto nunca mais volte a acontecer...
- ... Pelo menos a nós...
David Irving e os "Campos Aktion Reinhardt" (I)
David Irving e os Campos Aktion Reinhardt" (II)
David Irving e os Campos Aktion Reinhardt (III)
David Irving e os "Campos Aktion Reinhardt" (IV)
(continuação)
Provas de David Irving para o assassínio em massa de Judeus nos três campos de Reinhardt
Na sua resposta às minhas perguntas, David Irving mencionou sete razões para a sua crença em que os três campos de Reinhardt tinham sido centros de extermínio. Cinco destas razões são baseados em documentos, as restantes duas em rumores. Vamos examinar os documentos.
- "A conhecida correspondência entre Wolff e Ganzenmüller no que diz respeito a Malkinia/Treblinka.
No dia 28 de Julho de 1942, Albert Ganzenmüller, Secretário de Estado no Reichsverkehrsministerium (Ministério Imperial dos Transportes), declarou numa carta a SS-Gruppenführer Karl Wolff:
"Desde 22 de Julho, um comboio com 5000 Judeus faz uma viagem diária de Varsóvia a Treblinka, via Malkinia, além de um comboio com 5000 Judeus que viajam duas vezes por semana de Pryemysl a Belzec". [13]
A 13 de Agosto, Wolff respondeu:
"Reparei com especial prazer que um comboio com 5000 membros do ‘povo eleito’ já há 14 dias que faz o caminho para Treblinka todos os dias, e nós estamos assim numa posição de executar esta movimentação de população num ritmo acelerado". [14]
Nem Ganzenmüller nem Wolff declararam que os Judeus foram assassinados em Treblinka; Wolff falou de um "movimento de população" que mostra claramente que considerou Treblinka como um campo de trânsito.
- "A ordem de Himmler de não deixar qualquer vestígio em Treblinka e mais tarde construir uma casa de campo naquele local".
Como eu não conheço esta ordem, pedi a David Irving que me enviasse uma cópia. A 9 de Abril, respondeu-me dizendo que o faria mais tarde. Uma vez que ainda não recebi o documento, eu não o posso comentar. No entanto, estou pefeitamente seguro que não contém qualquer referência a assassinato em massa, pois se esse fosse o caso, teria sido citado em todos os trabalhos da literatura do Holocausto.
- "A mensagem de rádio descodificada de Höfle de Janeiro de 1943 e a sua relação com o relatório de Korherr".
No conhecido relatório de 1943 [15], Richard Korherr escreveu que no final de 1942, 1.274.166 Judeus tinham sido movimentados pelos campos durante o “General Gouvernement”. A mensagem de rádio de Höfle [16] confirma o número de Korherr, de 1.274.166, e especifica que 24.733 dos deportados tinham sido enviados a L. (Lublin/Majdanek) 434.508 para B. (Belzec), 101.370 para S. (Sobibor) e 713.355 para T. (Treblinka). Em nenhum dos dois documentos apresentado se fala que os deportados foram asassinados.
"Durante os anos 1942 e 1943, documentos de Himmler que revelam a extensão dos despojos de Reinhardt: Jóias, relógios, moedas".
O facto dos Alemães ficarem com as jóias, os relógios e as moedas dos Judeus não prova que eles os assassinaram.
Deste modo, nenhum dos documentos mencionados por Irving mostra qualquer qualquer prova de que os campos de Reinhardt eram centros de extermínio.
As últimas duas “provas” pertencem à categoria do rumor. Aquilo que o “Mufti de Jerusalém” reivindicou ter ouvido de Himmler, ou o que alguém reivindicou que o “Mufti” tinha reivindicado ter ouvido de Himmler, não tem nenhum valor histórico. Ainda mais absurdo é a referência ao "interrogação pessoal de duas testemunhas sobre Belzec".
Imaginem o seguinte diálogo:
Negacionista de Hiroshima: "Eu não acredito de forma alguma que os Americanos tenham realmente lançado uma bomba atómica sobre Hiroshima em Agosto de 1945. Isso faz parte apenas de uma ridícula propaganda de atrocidades Japonesa.".
David Irving: "Penso que você está errado. Há dois anos, fui a Hiroshima onde interroguei pessoalmente dois idosos Japoneses que tinha testemunhado o bombardeamento quando eram crianças. Se as suas declarações forem verdadeiras, isso prova que os Americanos lançaram, de facto, uma bomba atómica sobre Hiroshima".
Se centenas de milhares de Judeus tivessem sido realmente assassinados em Belzec, nós prescindíamos das provas recolhidas pelas "testemunhas oculares". O argumento de Irving lembra-me o patético Michael Treguenza, "perito de Belzec", que escreveu sobre as piras de Belzec:
"Há muita discórdia sobre o número de piras em Belzec. Testemunhas da aldeia afirmaram que pelo menos cinco piras estavam a ser utilizadas, ao passo que os elementos das SS falavam em duas piras durante os processos judiciais em Munique em 1963/64. Supondo que um mínimo de 500.000 cadáveres foram queimados em duas piras, temos que supor que, para cinco piras, haveria um número muito superior - talvez duas vezes mais – do que as 600.000 pessoas oficialmente mortas". [17]
Então Treguenza "prova" que o assassinato de cerca de 1.200.000 Judeus em Belzec pelo método de rumores que ele ouviu de algumas pessoas mais velhas várias décadas depois da guerra! Este tipo de "prova" pode ser suficientemente bom para um palhaço como o Treguenza. Para um historiador sério e que tenha respeito por si próprio, não é, de forma alguma, suficientemente.
(continua)
1 comentários:
O que uma sólida prisão austríaca pode fazer à verdade...
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