sexta-feira, 3 de julho de 2009

O Porquê do Boicote a Israel


Quase dois terços dos Israelitas estão favoráveis a negociações directas e substanciais entre o próprio governo e a liderança do Hamas. Deve haver, seguramente, aqui algum erro, não? Na realidade, não – isso foi a conclusão de uma pesquisa de opinião em Fevereiro de 2008 pela Universidade de Tel Aviv. Cerca de dez meses mais tarde, com a Operação ‘Cast Lead’ a decorrer, os entrevistadores chegavam a maiorias ainda mais altas, até 90% em alguns casos, a favor da guerra contra o mesmo movimento, o Hamas, na Faixa de Gaza.

Todos podemos ter diferentes opiniões e, em alguns casos, até contraditórias sobre o mesmo assunto. O que aparece primeiro na nossa mente em ocasiões particulares depende das circunstâncias. Em nenhum lado se faz esta transferência de síndrome psicológica de um modo tão pronto para a realidade política como Israel. Parte da mentalidade dos Israelitas é um conjunto de jogos de atitude e de arranjos institucionais conhecido como militarismo: não é simplesmente a posse e - para muitos Israelitas – a participação numa poderosa máquina militar, mas também o recurso - que funciona como reflexo - a "soluções" militares quando os políticos consideram existir algo complexo ou tenso com algum risco.

Os Israelitas têm sido trazidos à tona através de discrições de talento e bravura pelas acções dos seus soldados e tripulações. O ataque a Entebbe por uma equipa de comandos com o objectivo de libertar reféns Israelitas de cruéis sequestradores. Um salvamento idêntico teve igualmente o mesmo êxito através de uma operação no aeroporto de Tel Aviv, com as forças especiais a actuarem disfarçadass de mecânicos, dirigida por Ehud Barak, agora Ministro de Defesa do Israel. A 'Guerra dos Seis Dias' em 1967 começou com a Força Aérea Árabe a ser destruído ainda no chão enquanto os generais Egípcios lutavam por chegar ao quartel-general, e os Israelitas tendo tomado a precaução de atacar durante hora de ponta da manhã no Cairo.

O recurso ao uso da força tem, portanto, assumiu um estatuto de normalidade e de padrão nas relações de Israel com os países vizinhos e com qualquer pessoa, subvertendo os apelos à paz. No passado, os antagonistas eram a Jordânia, o Egipto e a Síria. Ultimamente, foi o Líbano e, naturalmente, os Palestinianos que passaram a estar na linha de mira. Três princípios da lei internacional devem dominar o comportamento de Israel, destinados a restringir as respostas de qualquer estado que tente mostrar a sua discordância.

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