quarta-feira, 29 de julho de 2009

David Irving e os "Campos Aktion Reinhardt" (X)

(continuação)

Os resultados das perfurações arqueológicas em Belzec (1997-1999)

[Tradução de Waringham e Johnny Drake]


Em 1997, o Museu do Holocausto dos Estados Unidos e uma organização polaca semelhante decidiram empreender perfurações arqueológicas e escavações dentro da área do antigo campo em Belzec. O trabalho foi conduzido por uma equipa de arqueólogos dirigidos pelo Professor Andrzej Kola que publicou o resultado em 2000 [40]. No seu livro supracitado sobre Belzec, Carlo Mattogno elabora uma detalhada análise do relatório de Kola, na qual eu me apoiarei doravante.

Nem é preciso dizer que o único método racional teria consistido em desenterrar toda a zona pertencente ao antigo campo, mas isso foi precisamente o que Kola e a sua equipa não fizeram. Eles fizeram do seguindo modo: a perfuração foi conduzida na área designada em intervalos de 5 m com uma perfuradora manual com 8 m de comprimento e com um diâmetro de 65 mm. Ao todo, foram feitas 2.277 perfurações e foram identificadas 236 sepulturas em massa graças a elas. As amostras de terra recolhidas desta forma foram então analisadas para determinar o seu conteúdo. A pesquisa comprovou a existência de 33 sepulturas em duas áreas separadas do campo, as quais tinham uma superfície total de 5.919 metros quadrados e um volume total de 21.310 metros cúbicos.

Apesar de Kola e da sua equipa terem descoberto não apenas cinzas e fragmentos de ossos humanos, mas também certo número de cadáveres que não tinham sido consumidos pelo fogo, inexplicavelmente, eles falharam no trabalho para os retirarem. O seu livro contém uma documentação fotográfica de objetos encontrados na área do campo. As fotografias mostram apenas coisas insignificantes: ferraduras, chaves e cadeados, potes e tesouras, pentes, moedas e garrafas, mas nem uma única fotografia é capaz de mostrar um cadáver nem parte de um cadáver!

Pelos dados experimentais, a capacidade máxima de uma sepultura em massa pode ser considerada de 8 cadáveres, supondo que um terço seja composto por crianças. Teoricamente, a superfície das sepulturas de Belzec teria assim sido suficiente para enterrar 170.000 cadáveres. Se tivesse sido o caso, os revisionistas teriam sido forçados a admitir que Belzec tinha sido, de fato, um campo de extermínio, pois 170.000 pessoas talvez não poderiam ter morrido de “causas naturais” num campo que existiu só durante nove meses e meio. Por outro lado, Belzec não podia ter sido apenas um campo de extermínio: de acordo com o documento de Höfle, 434.000 pessoas foram deportadas para lá e se 170.000 deles tinham sido aí assassinados, os outros 264.000 teriam deixado o campo vivos.

Aliás, o número de 170.000 cadáveres é baseado em duas suposições inteiramente irreais: um aumento da superfície/volume máximos das sepulturas e da densidade máxima de cadáveres no seu interior. Quanto ao primeiro ponto, Kola referiu:

"Na primeira zona, como podemos supor, foi observada uma ligação entre as menores sepulturas e as maiores devido à destruição das paredes de terra que as separavam. […] Foram encontradas perturbações adicionais nas estruturas arqueológicas devido às escavações intensivas feitas depois do fim da guerra, quando as pessoas daquelas localidades procuravam jóias. Este fato torna difícil para os arqueólogos definir precisamente os limites dos fossos para os enterros. [41]

Já em 1946, o promotor do povoado de Zamosc tinha declarado que o local do campo tinha sido "completamente desenterrado pela população local na sua procura de objetos de valor [42].

Sobre o segundo ponto, das 236 amostras das sepulturas, 99 delas não apresentavam qualquer vestígio humano, enquanto mais da metade das amostras restantes apresentavam somente uma faixa bastante estreita de cinza humana. Carlos Mattogno conclui:

“Embora seja algo impossível determinar o número de mortos, porém, baseado nas duas considerações anteriores, nós podemos formular a hipótese que, com toda certeza, algumas milhares de vidas humanas, possivelmente algumas dezenas de milhares, foram sacrificadas”. [43]

Pessoalmente, eu considero o segundo número (algumas dezenas de milhares) muito improvável, mesmo que eu não o exclua com segurança absoluta. Provavelmente morreram em Belzec alguns milhares de judeus.
(continua)

2 comentários:

Diogo disse...

Tenho andado a estudar os campos da Aktion Reinhardt.

Ao que parece estavam todos a poucos quilómetros da parte polaca ocupada pela União Soviética (antes desta ser invadida). Sabe-se que a bitola de carris da Alemanha era diferente da da União Soviética. O que pode indicar que estes «campos» eram apenas um local de passagem para os campos na Ucrânia e na Biolorússia.


«Provavelmente morreram em Belzec alguns milhares de judeus»

De quê?

Johnny Drake disse...

Belzec é considerado um campo de extermínio... A história oficial e ortodoxa do Holocausto diz que o gás, o trabalho excessivo, a má nutrição, entre outros factores, foram os responsáveis pelas mortes...
Se tudo já está escrito, provado e comprovado, até com testemunhos, porque é que eu posso ser preso se apresentar dados concretos em como as coisas não foram assim?...
Só isso me faz confusão...